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quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Contos, Romances e Peripécias: "As abóboras"


Finalmente, depois de tempos, posto em "Contos, Romances e Peripécias". Já estava com saudades... Espero que gostem. Eu gostei. =)






E o Otávio, querida? Onde ele está?
Ele não virá, vó.
Muito trabalho?
Não, terminamos.
Como? Vocês eram lindos juntos.
Eu não posso prendê-lo. Se ele quer ir, que vá.
Mas querida, uma mulher que se preze não precisa mais se fazer de difícil. Você pode muito bem ir atrás dele.
Mas não quero. Que amor seria esse que não reconhece que o outro pode ser feliz sozinho? Eu o quero bem. E se estar bem, é estar longe de mim, que assim seja.
Muito maduro de sua parte. Acho que não vejo mais uma garotinha aí dentro.
Todo mundo um dia cresce, vó. Eu tive que crescer também.
Mas não é porque todo mundo come abóboras que você precisa também comer...
Mas eu não gosto de abóboras, vó.
E eu também não.
Ok, ok. A abóbora foi uma metáfora, certo?
Isso, meu anjo. Você realmente está ficando cada vez mais esperta.
Ah, obrigada! Acho que acabou de me chamar de burra por todos esses anos que não fui tão esperta... Mas, obrigada, assim mesmo!
Imagina, pense positivo, felizmente você era muito bonitinha.

[Risos.]

Obrigada, vó. Obrigada por estar aqui, viva, fazendo da minha vida melhor.

Hummm... E não foi irônica? Estou começando a desconfiar que tenha uma câmera escondida por aqui... Cadê? É uma pegadinha, não é?
Não, vó. Não é. Vem, dá cá um abraço e vamos logo comemorar esses seus 80 anos!
E com direito a muitos drinks...
Mas e a cerveja?
Não seja boba, teremos direito a tudo!

[Abraçadas, saíram contando pisos, contando causos, e aplaudindo a felicidade de estarem unidas. Mais uma vez.] 




quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Destinos...




Você quer uma bicicleta.

Você planeja, faz orçamento, escolhe marca, e depois de 2 anos compra a melhor de todas.
E então, na primeira vez que sai com ela, virando a esquina, se vê diante da maior inconveniência de todas: a sua morte.

Ele podia estar atrasado para o trabalho, para o parto do filho, fugindo da polícia, alcoolizado, drogado, ou, simplesmente, quis ultrapassar o vermelho para não perder tempo. Mas, então, ele passa de cidadão comum para seu assassino.

O que mais seria inconveniente?

O semáforo não estar fechado para você?

A bicicleta não ter vindo um dia antes?

O destino?

Então, qual é afinal, o sentido da porra do destino?


Pensemos a respeito, apenas isso. 

Tempos Indeterminados



Catarina: Acha mesmo isto justo?
André: Não é dos males o pior...
Catarina: Eu lhe ofereci tudo. Dei os meus sonhos, as minhas angústias, os meus desejos, as minhas inquietudes, até mesmo as minhas risadas. Dei meu coração inteiro a você. Dei o que havia de melhor em mim. Confiei em você. E agora isso?
André: Ora, por favor, não venha querer me deixar culpado. Nós dois nos damos um ao outro. Eu também fui seu por inteiro.
Catarina: Mas não o suficiente, não é? Você fingiu tudo isso. Só para me conquistar, me ganhar por aí.
André: Não sejamos bobos, Catarina! Eu amei você, como nunca amei ninguém. Mas acaba. Essas coisas acabam. Não seja dramática, por favor. Podemos ser amigos, melhores amigos.
Catarina: Eu não quero essa sua amizade! O que eu quero é o seu corpo, as suas palavras, o seu jeito. O seu jeito de me amar.
André: Isto, eu não posso oferecer mais.
Catarina: Mas a ela, você pode oferecer, não é?
André: Não venha com esta história, novamente. Eu n-ã-o t-e-n-h-o o-u-t-r-a, entendeu?
Catarina: Como posso entender André? Numa hora você diz que é para sempre e na outra você diz para sermos amigos!
André: Eu nunca disse que seria para sempre.
Catarina: Ah não?
André: Não. Eu disse que lhe faria feliz, ok? Por tempo indeterminado.
Catarina: Como se amar fosse algo determinado...
André: Esqueça, Catarina! Eu já disse que acabou. Fim! Ponto final, certo? Siga a sua vida, procure novas possibilidades de romances, amores, sei lá. Se eu ficar vai ser por cobrança. Cobrança sua. Mas não vai ser por amor. E combinamos que se fossemos fazer isso, que seria somente por amor, lembra?
Catarina: Mas eu ainda te amo... O que faço com isso?
André: Eu não sei. Não me ensinaram o que fazer com isso também... Adeus.

Naquela noite, Catarina suspirou muitas vezes em meio a soluços. Procurou por respostas, mas não encontrou algo que acalentasse sua dor. Ela fugiu do amor tanto tempo, mas se entregou acreditando ser profundo, ser para sempre. Não suportava a ideia de conviver consigo mesmo, sem André por perto. Era inútil tudo. Tomou uma atitude, então.

Luiza: Mas será que ela vai ficar bem?
André: Ela vai saber superar.
Luiza: Eu não devia estar aqui. Não nesse momento. Mas no telefone você me disse que estava sentindo um vazio estranho... e... bom... é... Eu fiquei com medo de não poder te ajudar apenas por telefone. Certo?
André: Não precisa ficar sem graça, querida. Eu adorei sua visita.
Luiza: Gosto muito de você... Mas não queria magoar Catarina.
André: Impossível. Relacionamentos que não causam mágoas não podem ser considerados verdadeiramente como relacionamentos... Não é mesmo?
Luiza. É... Acho que sim.

Campainha.

André: Deve ser a pizza, finalmente.
Porta aberta:

André: O que faz aqui? Eu pensei que tivéssemos esclarecido tudo.
Catarina: Ficou uma coisa pendente...
André: O que é isto Catarina? Vai querer me matar agora? Abaixe esta arma!
Catarina: Interessante, não é? Você troca uma letra de lugar e “arma” se torna “amar”... Hummm... Vejo que você tem visitas.
Luiza: Catarina... Eu posso explicar...
Catarina: Cala boca, sua vaca! Enquanto eu produzia os eventos você ficava passeando com o meu marido, não é?
Luiza: Não!!!
André: Catarina, vamos conversar só nós dois, por favor! Ela não tem nada haver com isto, ok? E desde quando eu sou seu marido? Ponha juízo na sua cabeça, mulher!
Catarina: Três anos não é nada para você? Como não pode ser nada? Como você pode ser tão egoísta, assim?
André: Tudo foi maravilhoso. Deu certo por três anos... Mas teve um fim! Porque você não pode somente aceitar tudo isso??? Porque tem que agir assim?

Descompensado, ele reflete após um tempo:

André: Quer saber? Eu não me importo se você queira me matar. Mas mate de uma vez! Talvez morrer seja melhor do que ter que conviver o resto da vida com o que eu estou lhe causando...
Catarina: Oh, querido... Você me ama ainda, não vê? Me ama, sim... Me ama muito.
André: Eu amo o que nós tivemos. Foi lindo. Mas amar... Amar você... não é isto o que estou sentindo. Sabe o que eu sinto? É apenas um carinho... Um respeito... Um sentimento qualquer, mas não é amor. Agora eu estou sentindo pena, remorso talvez, por ter ido tão longe com nós dois. Eu nem sei mais. Mas não é amor. Era amor, certo? Mas não é mais.
Catarina: Ok...
André: Não, abaixe esta arma. Não comece de novo, por favor.
Catarina: Saia daqui Luiza! Isto é entre mim e ele. E ninguém mais. Saia porque eu não quero que veja isto. Não quero que compactue, ou que carregue esta lembrança.
Luiza: O... o... que vai fazer?
Catarina: Saia de uma vez!!! Ótimo. Somos só nós dois. Novamente. E para sempre...
André: Tudo bem, quer atirar em mim? Atire logo. Não suporto mais essa situação.
Catarina: E você acha que eu ia deixar assim tudo tão fácil? Acha mesmo que eu ia apenas matar você e ter que se lembrar disto infinitamente? Não, querido. Logo se percebe que você não aprendeu nada sobre mim...
André: Catarina, eu não sei o que você pretende, mas...
Catarina: Você ia se lembrar da gente como uma lembrança boa. Mas eu ia lembrar com dor. Você ia me cumprimentar tranquilamente, e eu ia querer decepar sua mão. Você ia ter outros amores, e eu ia me remoer de saudades suas... Vê? Eu não posso viver sem você. Porque você era o que havia de bom na vida. E sem você, eu não me suporto. Não suporto a ideia de ter conviver comigo sozinha... Sem você para me apaziguar, me tirar das sombras.
André: Por favor, Catarina. Pense que você irá encontrar outras pessoas, também. Que tudo dará certo. Que podemos suportar sim, tudo que está acontecendo! Agora é você que está sendo egoísta... Não quer dividir esta pessoa maravilhosa que você é com mais ninguém, só comigo!
Catarina: Obrigada... Mas não há outro jeito.

Dessa vez, amarga:

Catarina: Eu quero que você sinta essa dor também.
André: O que?
Catarina: A minha vingança desse amor inútil, é que ele não poderá apagar a sua memória a partir de agora... Eu me mato, André. Mas me mato com a certeza de que você irá se arrepender tardiamente dessa sua traição...
André: Eu não lhe traí!
Catarina: Traiu sim, traiu meus sentimentos! Disse que me faria feliz e agora me faz triste!
André: Vai passar... Por favor, não faça isso. Ok, você quer amor? Eu lhe amo, pronto. Agora tire essa arma da sua cabeça... Catarina, se matar não vai resolver nada. Não vai resolver a sua vida e nem a minha. Não faça isso comigo. Eu não tenho culpa de nada! E não é porque você quer que eu sinta que eu vou me sentir culpado, certo?! Abaixe logo, isto!!!
Catarina: Tudo bem. Você tem razão.

Mas antes que ela abaixasse por completo:

Catarina: Vai passar... A dor, o amor, o ardor. Vai passar... Mas por tempo indeterminado.

E num gesto mais rápido que o próprio discernimento de André, puxou o gatilho...
E se matou, ali mesmo. 


domingo, 30 de janeiro de 2011

Contos, Romances e Peripécias: “A Ex-Amiga”

No baile daquela noite, Magda sabia que por mais que seu vestido fosse bonito, Terezinha daria um jeito de se sobressair mais do que ela. A ex-amiga era muito invejosa e desde a briga na 8ª série, nunca mais trocaram uma sílaba se quer. Uns diziam que a discussão foi por causa do Matheus, alguns que foi por causa da última esfiha da cantina, outros que foi por causa da “Barbie sandália vermelha top fashion”.  Mas ninguém suspeitava certo sobre o que havia rompido aquela amizade naquela manhã de março.
Terezinha estava de esmalte pink no baile. Magda riu à grande quando viu a breguice da ex-amiga.
- Eu sabia que ela ia dar um jeito de chamar a atenção mais do que eu!
- Por que ela veio de vestido balonê laranja purpurina num baile de traje esporte-verão?  disse Terezinha à atual melhor amiga Verinha. “Deve estar querendo chamar a atenção...” concluíram as duas. Após as três da manhã, quando quase todos já haviam ido embora, Carlos convidou Magda para dançar. Arrependeu-se depois, pois a garota não parava de falar duma tal aí com esmalte pink.
- Você não quer ir lá em casa amanhã conhecer meus cachorros? Eles iriam gostar de você, o Teddy tem um focinho achatado...
- Na boa gata, não dá. Amanhã tenho capoeira a tarde toda e a noite campeonato de paciência com a turma da informática. Minha agenda ta lotada.
Deu um beijo no rosto de Magda e saiu quase que fugindo das garras da moça que outrora ele estava implorando para dançar coladinho.
Magda perdeu o bom moço daquela noite, perdeu as amigas novatas, o respeito dos pais e a atenção das pessoas com quem de vez em quando conversava, no ponto de ônibus, na fila do supermercado, do banco, tudo porque seu assunto se baseava somente nas últimas novidades da ex-amiga Terezinha.
- Ela tem inveja de mim. Faz de tudo pra chamar a minha atenção.
Quando concluiu a faculdade de medicina, Terezinha levou um susto ao ver seu carro novo riscado de fora a fora com as palavras “Médica de Corvo”. Do outro lado da rua, atrás duma árvore qualquer, Magda se debulhava em lágrimas enquanto o filho de três anos pedia colo.
- Ela roubou o meu homem, a minha faculdade, mas o carro não. Quieto, moleque! Quer que ela nos veja aqui?
Na delegacia as duas ficaram cara a cara.
Terezinha depôs primeiro:
 - Olha, há sete anos foi o meu carro. Depois o muro de casa, o do consultório, do sítio da minha mãe. Quando ela não tinha mais o que pichar, começou a mandar cartas me ameaçando. Ignorei. Mas daí ela tentou sequestrar meu filho.
- Louca, vadia! Eu não quero seu filho porco, nojento, não! Eu tenho um filho maravilhoso, que me ama, idolatra...
- Claro, e que preferiu ir morar com o pai a você.
- Cala a boca sua piranha de esquina, que da minha vida cuido eu! Seu Delegado quando nós éramos ainda amigas eu disse a ela que queria ser médica e casar com Otávio Belmont, um paquerinha duma prima na época. Pois essa filha duma égua roubou os meus sonhos e...
- O que? Quando disse isso? Você só falava da sua prima Rebeca. “Ah porque a Rebeca comprou uma mochila maior que a minha, porque a Rebeca não rezou o terço direito, porque a Rebeca ganhou todos os broches da vovó”. Uma verdadeira obsessão. Só parou de falar nela quando por infeliz obra do destino ela morreu doente sei lá do que.
- Foi o corvo! O corvo! O corvo que seu tio criava. Você sugeriu “porque não a assustamos?”, ela morria de medo de corvos. Mas eu não imaginava que ela ia dar aquele chilique todo. Achei que ia passar. Só que foi piorando, piorando, até que entrou em coma. E morreu. Morreu naquela manhã de março. Eu pedi a você que fossemos no cemitério quando ele tivesse vazio para pedirmos desculpas a ela. Você se recusou, me chamou de boba e disse que não sentia nenhuma dor na consciência.
- Eu não tenho dor na consciência. E essa é só mais uma estória que você conta tentando me atingir...
            A briga que tomou espaço na delegacia naquela noite mandou Terezinha para a sua casa pomposa e Magda para uma casa de reabilitação emocional. Depois de alguns meses o auxiliar de enfermagem veio informar à Magda que havia uma visita lhe esperando.
- Deve ser o Rafa, meu filho.
            Mas não era.
            Magda entrou pelo pátio, desceu as escadas, virou à esquerda e deu de frente para uma mesa com cadeiras em volta, na qual em uma delas jazia uma mulher sentada. Não pode acreditar.
- Você?
- Sabe o que dizem dos corvos? Que trazem maus presságios... Eu ganhei uma promoção. Serei chefe da minha área. O Otávio comprou as passagens para o cruzeiro comemorando nossos 20 anos de casados. Nosso filho semana que vem começa o curso de direito. Minha vida está perfeita! Sabe Magda, não acredito que os corvos trazem maus presságios. A Rebeca deu azar...
            Quando ia saindo, Terezinha já com os óculos escuros vestindo os olhos de quem já viu muita coisa, virou-se e arrematou:
-E também, ela e o Otávio nunca iam dar certo mesmo.


segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Contos, Romances e Peripécias: "O Abajur da Sala de Antiguidade"

Mais um continho para vocês degustarem...

Roberto não sabia se entrava na loja naquela hora ou depois do almoço quando estaria com mais tempo. Já haviam alguns meses que cobiçava aquele abajur. Primeiro, foi a morte da mãe, o dinheiro guardado teve de ser gasto com o enterro. Segundo foi o carro, estragou a bateria e daí ficou endividado. Terceiro foi o “curso de capacitação de gestores produtivos engajados”, ideia do chefe da repartição. Estava com o almoço contado a partir de então.
Dois anos e sete meses que Roberto havia reparado no abajur no canto esquerdo da salinha de antiguidades da loja de decoração na avenida principal que liga a área norte à área sul.
Roberto passava todos os dias ali. Exceto aos sábados e domingos. Sábado ia ao cinema. Domingo à missa. Sozinho. Desde da morte da mãe não se relacionara com mais ninguém. O abajur seria um presente pelos sessenta anos que ela completaria na sexta próxima, pensava na época. Mas o câncer não esperou a data e a levou na segunda. Decidiu que ia dar assim mesmo. “Ela vai ficar contente, esteja aonde estiver”, comentou para si.
A entrega dos diplomas do “curso de capacitação de gestores produtivos engajados” acontecera no sábado e Roberto não pode ir ao cinema naquela noite. Quando na segunda, indo para o seu trabalho passou pela loja de decoração, lembrou que não tinha conferido se o cartão do banco estava na carteira, não adiaria mais a compra do abajur.
O cartão estava na carteira, mas o sinal não estava verde e o caminhão não conseguiu desviar a tempo. No dia seguinte as manchetes ilustravam um carro todo destruído, um corpo caído no asfalto e o motorista do caminhão sem entender porque um moço tão equilibrado e pacato, como assim descreveram os colegas de serviço, pudera cometer esse ato de suicídio:
- Parece que ele não tinha superado a perda da mãe...

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Contos, Romances e Peripécias: "A Prática"

Decidi que quero mais da minha vida. Decidi que vou escrever uns continhos aqui, umas poesias ali e assim por diante.
Por enquanto começarei com esse texto, que ainda não sei bem aonde encaixá-lo na literatura... hunpf...
Mas, espero que degustem sem moderação!

A prática

Quando pensava na vida no alto dos meus 15 anos, pensava no quanto a mocinha era trouxa em ficar com o mocinho. O vilão era tão mais galante, poderoso e... lindo, que mocinho nenhum valia a pena.
Eu não sabia, mas estava desenvolvendo meu lado esperto naquela época. A partir daí, a praticidade se tornou parte de mim. Eu era prática em tudo.
Se a conta dava 29, eu dava 30 e ficava por isso mesmo, sem troco. Se não havia sorvete de baunilha, me dava de creme que já estava ótimo. Se o namorado não queria sair comigo naquela noite já o mandava catar coquinhos e ligava para minhas amigas para sairmos juntas.
O problema foi quando me dei conta de que estava vendo mais plantão de notícias do que seriados.
Percebi que estava ficando velha, sem dinheiro, sem namorado e não estava fazendo as coisas de que gostava. Ser prática havia me enrijecido.
Dizem que velho fazendo coisas de jovens se tornam ridículos... Daí passei de jovem, bonita e despojada para velha, feia e ridícula.
Ops! Velha, feia, ridícula e feliz.