Mostrando postagens com marcador vida real. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador vida real. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 16 de maio de 2016

4ª mensagem aberta ao progenitor do meu filho



G., só para que conste entre os registros, caso eu ainda não tenha deixado claro o suficiente, você é um covarde.

Covarde. Covardão.

Preferiu desistir, a lutar.

Preferiu cair fora, a ajudar.

Sua dívida será cobrada pela vida, esquerdo-macho. Espero que entenda. Tudo o que a gente planta, a gente colhe. 

Sem mais,

M. 

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Filho, filho meu... existe alguém mais frouxa do que eu?




Deve existir. Mas saiba que eu tenho lutado para ser firme. Inteira.

Serei.

Seremos.

Sereia de mar há de sermos...

domingo, 1 de maio de 2016

Carta de agradecimento (e aberta) para você, L.




Sei que é estranho. Mas saber que você gosta de mim não significa “alívio”...
Me sinto sem ação.

Não que eu não goste de você... Eu só não sei administrar essa situação.
Você está na minha vida, nessa fase difícil, tentando de certa forma me ajudar.
Coisa linda de se ver...

Mas como posso eu, essa pessoa confusa que sou, te amar com profundidade, com nobreza, se não consigo sair dessa bolha chamada “término de relacionamento recente” em que G. me colocou?
Como sabemos, esse ciclo todo começou com você. Você foi o responsável pela rebeldia de “Ana Clara”. Foi responsável também pela luta em que ela se colocou por um novo amor.
Ela se renovou, pensou em ser melhor, em querer o melhor. Conheceu novos carinhas, beijou, se entregou e agora, caiu novamente na fossa.

Sabe?
Ciclo doido esse.
Não que eu não tenha segurança na gente, L. Não tenho segurança em você. Você não nos assumiu, não saiu comigo de mãos dadas por aí, como G. saiu. Foi um idiota, e sabe disso.
Mas como idiota que foi, até que é surpreendente ver você aqui ainda. Me dizendo coisas como me disse hoje...




E é por isso que eu lhe agradeço. Agradeço por ser esse carinha que me diz coisinhas bonitinhas sem querer.

E não era bem isso o que imaginei para essa nossa carta... nossa primeira. Mas foi o que consegui escrever, por enquanto.

Espero que me desculpe um dia, o print que postei aqui. :)

M.




3ª mensagem aberta ao projenitor do meu filho


Espero que você esteja orando. Espero que esteja pedindo perdão desde já.

Porque eu tenho feito isso... pelo pequeno. 

Ele há de ser grande, nobre, feliz. Não há de passar por cima dos outros para obter sua felicidade. Há de dar um passo de cada vez. 

Por que qual é o gosto de uma felicidade obtida as pressas? Numa viagem de fim de semana a Curitiba? Com postagens e mais postagens de pura "melação"? 

Acho que é efêmera demais, não é? Passa logo...


De repente, sua sogra tão fofa, que lhe promete até bolo de cenoura, está brigando com você por conta de uma carteira de habilitação vencida.

De repente, seu amigo do curso, que se diz tão intelectual, está sendo exposto e julgado pelos pais por ser gay. 

Por que será? Por que de repente, vem essa onda de coisas ruins na sua vida e na de seus próximos? 

Pense. É como naquele filme Premonição... Há uma escala de ondas negativas a quem joga a pedra no lago. Você jogou. Não pensou em mim no dia 5 de janeiro. Terminou, sem nem me dar uma chance de mudança, uma chance de ser melhor. Me julgou academicista, elitista, e nem lembro mais o que. Não pensou que eu poderia ter sentimentos nobres, que eu poderia sofrer também. 

Ótimo. Sofra você agora. Sofram eles também, que te apoiaram nesse romance novo. Que me julgaram também. 

Esquerdo-machos. Falsas feministas. Hipocrisia reina por aí. 

Espero que esteja orando desde já, G... Espero que esteja pedindo perdão. 

Porque não serei eu a ter pena de você. De vocês.

Mas não sou eu que cobro. Não tenho esse poder. É a vida. 

Sem mais, 

M.


sexta-feira, 29 de abril de 2016

Carta aberta ao meu filho, o primeiro


Sim, o primeiro. E não sei se terei mais.
A questão é que é muito sofrimento... para uma criança só.
Cansa, viu?
E tem horas que nem parece que você está aqui... a barriga parece pequena... ou parece a mesma barriga de antes.
Sua mãe sempre foi gorda, sabe? Às vezes uma gorda bonitinha, em outras, uma gorda feinha. Mas sempre gorda.
Hoje, o mundo parece estar mais aberto a esse tipo de “biotipo”. Mas saiba que eu já enfrentei uns bons bullying por isso.
Era bem triste ser gorda. Aliás, é até hoje. Mas a gente vai relevando, tentando superar, tentando se encontrar...
Não é ruim ser gordo. Se você assim for, será bem feliz também. O problema são as recaídas. Tem dia, filho, que é difícil. Você se sente um lixo.

E é por isso que eu sempre fui uma garota romântica, que só pensava em suas paixões. Sonhava com o primeiro beijo, com um casamento... Porque isso para mim, eu já sabia: não seria uma tarefa fácil!
Mas quando seu pai surgiu na minha vida eu já não pensava mais assim não. Estava bem calejada já com as pedras que a vida havia me tacado. Mas alguma coisa fez surgir novamente aquela garotinha frágil, indefesa, solitária...

Solitária = Solidão.

Talvez tenha sido o amor, a carência, ou o simples fato de seu pai não ligar muito para mim às vezes. O que nos faz retornar a segunda opção... Carência!
Lembro-me, em Ribeirão, dia seguinte ao “Despertar da força”, no café-da-manhã do hotel em que nos hospedamos, havia eu comido já dois pães... Mas eu tenho isso, como pelo sabor... e o pão estava gostoso! Pedi para seu pai pegar mais um pão para mim. E se você pudesse ver a cara que ele fez... Sim, eu também teria pensado duas vezes antes de pedir! Eu já estava grávida de você, era comecinho... Comecinho de tudo: de romance, de gravidez. E ele não teve a nobreza de pegar para mim. Dá para perceber a partir daí, que alguma coisa não estava se saindo bem para gente. Eu só queria ser cuidada, filho. Ser protegida. Acho que não é pedir demais... Mas a vida tem dessas coisas, e se choro hoje por me lembrar desses momentos, amanhã sorriu por coisas boas que hei de me lembrar também.

Mas voltemos a falar de você, meu lindo. Meu fofo. Meu “tchuco-tchuco”. Você, meu filho, é novidade para mim. Tem hora que sinto você mexer... e mexer... Coisa linda. E de repente você fica quieto... por um boooom tempo.
E como dói! Aaaiii!!! Dói para se sentar, dói para se levantar, sinto meus órgãos todos se esmagando quando abaixo para pegar algum objeto que venha a cair no chão. Terrível isso! E os gases??? Nossa... sinto que cada gás é uma vida que se vai... (rs)
Não venha me dizer lá na frente que eu não sofri por você, ou que eu não lhe amo, hein! Não sei se serei uma boa mãe, se saberei te dar educação, bons modos... Se eu, como professora que sou, serei uma boa professora a ti, te cobrarei tarefas, boas notas... Se seremos cúmplices, amigos, mãe e filho... Pessoas felizes só por estarem juntas uma da outra. Não sei de nada disso. Mas espero de coração que sejamos tuuuudo isso!
Porque fracassei em muitas coisas, filho. Mas não gostaria de falhar como sua mãe. Por isso, se abra a mim sempre que puder. Diga o que está acontecendo com você, sempre que puder. Não fique com medo, com dúvidas, incertezas, inseguranças. Eu prometo que vou tentar te ajudar. Posso não conseguir, mas eu tentarei.

Porque um elo aqui já está criado entre nós. Porque um amor entre mãe e filho costuma durar bastante. Porque parte da minha vida já circula pela sua. J

Beijos da mamãe,


M. 

domingo, 24 de abril de 2016

2ª mensagem aberta ao progenitor do meu filho


Na primeira temporada de American Horror Story, a empregada fantasma diz ao patrão:

"Não há pecado maior no mundo do que trair uma mulher grávida."

Espero que entenda o que eu quero dizer com isso, G... 

Não sou eu que te desejo coisas ruins e elas acontecem... é a vida. Ela cobra o preço de certas coisas que a gente faz. Simples assim. 

E infelizmente, sua girlfriend "peixe" também está no meio. Sinto muito.

Não dá para ser feliz passando por cima da felicidade alheia... Ainda mais, por cima da felicidade de um inocente, que no caso, é o nosso filho. Aliás, meu filho. 

Sem mais, 

M.

sexta-feira, 22 de abril de 2016

Cansada



Mais uma vez uma angústia me invade...
Não sei se é saudade, ou coisa normal mesmo do dia-a-dia.
Mas o fato é... cadê o que me falta?
E o QUE me falta?

Será que depois que o baby nascer as coisas vão melhorar? Será que essa angústia vai passar?

Fico pensando no pai dele... na namorada atual desse pai... em ela ser “a melhor das melhores”. O que classifica uma pessoa melhor que a outra?
Olha G... Olha o que você fez comigo. Olha essa transformação. Esse sofrimento.

Vi fotos minhas antigas. Que saudade de mim!
Saudade do meu cabelo, dos barzinhos, da busca desenfreada por alguém ao meu lado... essa necessidade de me sentir bem, amada, feliz.
E hoje o que faço? Procuro por músicas de ninar!
Será que estou sendo muito egoísta?
Oh Deus... que fase!
Ando cansada... de mim, da barriga, da rotina, da própria canseira.


quinta-feira, 7 de maio de 2015

Daquilo Que Se chama Mágoa


A mágoa:
Mágoa é aquilo que tampa seus olhos. Impede sua respiração.
A mágoa te segura na hora de um riso frouxo. Na hora de construir planos.
Você fica impermeável.
Nada te toca.
Nada te transpassa.
Nem chuva, nem sol.
Você quer observar a lua com alguém ao lado... mas esse alguém nunca está lá.
Você se habitua a ser sozinho. A ser descrente.
A mágoa te fragiliza. E quanto mais frágil, mais suscetível fica a contrair mais mágoas.
Às vezes é só um aluno desaforado. Às vezes é o vizinho do lado.
As vezes pode ser um amigo casado. As vezes pode ser só o seu coração desacelerado.
Mas a mágoa está ali... como se fosse uma entidade pronta a possuir seu corpo.
Você até pensa no monte de remédios da sua mãe... pensa em tomá-los, em se suicidar, porque viver se tornou indigesto.
Mas morrer te levaria aonde?  
À um inferno?
À um purgatório, quem sabe?
Ou talvez, à um céu...
E você faria o que lá? Viveria essa mesma mediocridade de hoje? Essa mesma sensação? Esse mesmo tédio?
Qual é a graça de um céu? De um inferno? De um julgamento?
Você está magoado, não está vivo há muito tempo.
Não lembra mais o sabor de um bom café, ou de um bom papo descontraído.
Você não tem mais a bússola de um caminho. Não se importa mais em defender uma causa, ou alguém. Está impermeável. Descrente em Deus, na vida, em suas escolhas.
Impermeável.
Você não absorve nada. Não consegue mais absorver, nem mesmo amor próprio.
Você está pior a cada dia.
O choro vem mais forte...
A compulsão alimentar também.
E você se torna gordo com tantas mágoas alimentares.
Sua obesidade te enterra ali mesmo, no meio da mesa.
Você morre... morbidamente, com sua obesidade mórbida.
Você sente dores... no pé, na coluna. Sua barriga está flácida, e seu cérebro também.
Tudo se tornou tão horrível, tão sem alma, que só comer faz de você uma pessoa menos infeliz. Você está magoado com a comida também. Mas você a quer mesmo assim.
E você se pergunta: é só isso mesmo? Pão todos os dias? Omelete todos os dias? Cadê o macarrão, mãe? Cadê o macarrão que eu tanto tenho pedido?
Mas o macarrão não vai resolver minha vida.
O macarrão não vai matar minha vontade de comer.
Porque Deus não se fez existir ainda...
Porque morrer ainda não é uma boa opção. Por que o que mais haverá depois? Mesmo se todos os remédios do armário, tomados de uma só vez, fossem fatal, o que poderia haver de tão extraordinário do outro lado?
E você sabe que não é o remédio o que você quer...
Talvez você queira só um abraço...
Ou um carinho.
Amor...
Na realidade, você nem sabe exatamente o que gostaria de ter. Ou querer. E nesse sentido, sua mãe tem razão quando diz “você não sabe o que quer...”
Todas as coisas não possuem mais o mesmo sentido para você. Então, laços familiares, amorosos, religiosos, ganham uma conotação diferente. E tudo, t-u-d-o... T – U – D - O! Vai para a lata do lixo nas horas mais entristecedoras...
E aí, você se magoa mais ainda com todos, com você, com Deus. Porque não houve cuidado, não houve proteção, não houve amor.
E você está jogado... despedaçado.

Magoado.


terça-feira, 28 de abril de 2015

Da noite em que fui à locadora



Eu vi muita coisa nessa minha ida à locadora.
Vi um gato morto na rua 24, perto do centro.
Vi um sapo no portão de casa, quase dentro.
Vi uma das minhas cachorras devorar o travesseirinho da outra, sei lá se por divertimento.

Dentro de casa, de volta, vi o beijo da sexta, confundir-se com o do sábado.
E o prazer do passado calar a boca da saliva de tanto desejo.
Não era desejo.
Até ser experimentado.
Hoje essa angústia, essa paralisação da sensação dos batimentos.
Não poderia ser mais duro.
Uma ausência sem precedência. Eu segurei os pensamentos na sexta, segurei o ar, a barriga, a pessoa inteira. Por um momento de paz.
Beleza jovem, 20 anos. Moço de tudo. Cadê teus olhos de pêssego suave? Será que devorados pela saudade, não mais me encontrarão na saída de casa?
Onde estão suas asas? A bater por outras bandas? Por outras baterias?
Eu até que iria...
De novo, nesse seu envolvimento racionamento.
Me racionou em três. Em três racionados, esses três mal tratados.

Um já não mais me levava até a cabeceira da moto. Já não mais me levava em silêncio no peito, não mais me botava pra dormir.
Eu senti de não ter efeito.
Você bem que poderia me juntar novamente.
Por você, eu saberia derramar mel de bondade no passado seu. No filho teu.

Mas há um beijo a mais.
Um beijo notório, satisfatório.
Presença aguda, sabor contente. O que há demais num beijo dado ao som das estrelas?
Elas falaram com a gente. Sim, cantaram...
E nos revelaram uma lua em crescimento.
Algum barulho aconteceu na porta.
Você me soltou.
Eu, que sou tão frágil. Eu, que nada sei, nada sigo. Eu, que assim como quem rasga o peito a céu aberto, voando pelas casas, abri minha casa para você... Eu, que assim como sou, sou tão eu...
E você me soltou, me virou as costas, entrou no carro, e saiu, como quem sai de qualquer canto, pra qualquer outro.
Você... que não me levou junto. Que não me carregou no presente. Você que só me deu passado. Você, que hoje me pergunta das minhas cinzas, vai dizer que o teu céu é o que mais brilha?

Estou eu, fracionada agora. Dividida, racionada. 
Que cada um tome a sua parte, e deixe eu, com as minhas.
As minhas, que nessa minha ida à locadora, pôde ver tantas coisas... 
...minhas.
E como eu vi coisas nesses vinte minutos de ida à locadora.
Poderia contar uma estória.
Poderia pôr em pratos limpos!
Poderia nem me importar.
Ou... poderia?



quarta-feira, 22 de abril de 2015

Ana Clara...



Ana Clara ontem, pôs em teste o carinha que diz que a ama. E o carinha que diz que a ama, não deu a resposta certa.
Ana Clara seguiu para a próxima pergunta. Para o próximo carinha.

Ana Clara sabe já entender que para que algo dê certo, como um romance, por exemplo, ambos precisam estar envolvidos. Já sabe perceber que quando o cara (que diz que a ‘ama’) não a chama pra sair, e é ela que acaba por fazer o tal convite, e a resposta é “até que eu iria, mas e o desânimo?”, é porque há algo errado.

Ana Clara não é burra. É dona de si. De suas escolhas. De seu corpo. De seu prazer.

Dizer que ama Ana Clara, e não ter ânimo para vê-la, é algo realmente muito estúpido. No mínimo, contraditório. Coitado então, de quem acredita em suas próprias mentiras. E chora depois, por ver que só fez merda, e sempre irá fazer, porque não sabe valorizar o que têm nas mãos. Quem tem nas mãos.

Mas Ana Clara está realizada. Não se importa se valorizou ou deixou de valorizar. Ana Clara escreve sua própria história. Com a caneta que quer, no papel que quer. E quem sabe, escreva a de outros também...

Ana Clara não tem medo da vida. Não tem medo de assumir suas preferências, seus gostos, de assumir quem gosta.
Ana Clara disse uma frase cliché à sua amiga, outro dia: “quem não dá assistência, perde pra concorrência”.
E Ana Clara se transformou em tantas outras. Em tantas outras Biancas, em tantas outras Carlas...


Em tantas outras Marianas. 


sábado, 4 de abril de 2015

Buscando "me" achar...



Da minha última publicação para hoje, muita coisa aconteceu. Muita coisa mesmo.
Morri, ressuscitei, morri de novo, e se estou aqui, já sabem que sobrevivi.
A morte é só uma expressão, é claro. Um meio de dizer que a vida foi cruel demais para aguentar.
Mas aguentei.
E sei que aguentarei sempre.
Até, lógico, realmente morrer. Porque isso um dia vai acontecer. A todos nós.
Pois bem, virei professora. Não que isso seja legal, não que isso seja “uau, isso é demais!”, mas virei professora. Como? Bom, fiz licenciatura em teatro, formei, prestei concurso do Estado para “PEB-II” em Arte, passei, fui chamada, fiz perícia (o que é um saco!), e ingressei.
No meio do ano.
No MEIO do ano.
No M – E – I – O do ano.

Entrar no meio do ano letivo não é nada bacana, como vocês devem estar suspeitando agora. E sim, não é muito bacana!

Mas não é sobre anos letivos que quero falar.

É sobre meu coração partido.

Mais uma vez gostei de alguém. Mais uma vez me decepcionei com alguém.
E mais uma vez esse alguém não quis nem saber de correr atrás dessa que vos fala.

Então... o que fazer? Eu estava errada? Ou ele é que estava?

Enfim... estou em pedaços. Vou ali tentar me juntar, e já volto.
Se conseguir me achar. 

sábado, 10 de maio de 2014

Minha Vida Está Morta






Minha vida está morta
Quando não ouço de qualquer povo
Um grito de socorro.

Minha vida está morta
Quando sei dançar “American Pie”
Mas não sei levantar o irmão que cai.

Minha vida está morta
Quando sei pisar na areia
Mas não sei lidar com a limitação alheia.

Minha vida está morta
Porque assim aceito que esteja.
Sem meias palavras.
Sem meias cerejas.

Minha vida está morta
Quando sei que o animal morre
Para saciar no homem, a fome.

Minha vida está morta
Quando o que tenho de melhor (minhas palavras!)
Não lhe trazem à face suas verdadeiras lágrimas.

Minha vida está morta
Quando minhas metáforas filosóficas
Não lhes transforma!

Minha vida está morta
Porque assim aceito que esteja.
Sem meias palavras.
Sem meias sertanejas.

Minha vida está morta
Quando todo o meu trabalho
Escorre pelo ralo.

Minha vida está morta
Quando meus quilos a mais
Me excluem dos demais.

Minha vida está morta
Quando as minhas verdadeiras lágrimas brotam
E todos os lenços molham.

Minha vida está morta
Porque assim aceito que esteja.
Sem meias palavras.
Sem meias pretas.

Meu mundo é indecifrável.
Não consigo explica-lo.
Você fez vir à tona todas as minhas fragilidades.
Todas.

Me descubro agarrada à uma pelúcia
Com medo dos adultos...
Sou uma criança
Sem passado e sem futuro!

E assim minha vida está morta...

Minha vida está morta
Quando não sei lidar
Com o seu olhar.

Minha vida está morta
Quando você não assume a responsabilidade
Pela minha/nossa felicidade.

Minha vida está morta
Quando você consegue minha paixão
Mas me deixa rastejando no chão...

Morta.
Minha vida está morta!
Porque assim aceito que esteja!
Sem meias palavras...

Sem meias sextas!


terça-feira, 15 de abril de 2014

A Folha e o Vento



Mil labirintos para lhe achar.
Mil escudos para lhe proteger.
Mil cruzeiros para lhe navegar.
Mil caminhos para lhe percorrer.

Você que é mistério.
É água.
É poço.
É súbito, é fundo.

É mágoa passageira.
Diamante bruto.

Como folhas trepadeiras,
Escalou o meu mundo.

Arrastou-me nas folhas secas,
Para brincar no meu outono.

Faço-te mil poemas
Para ver se te encontro.

Mas sei que é subindo as montanhas
Onde tu se encaixas mais seguro.

Então, vamos rezar um segredo?
Você faz de mim sua folha,

E eu de ti, meu vento!



segunda-feira, 14 de abril de 2014

Uma Homenagem para a Nossa Amizade


Meu querido Fer,

"Uma amizade
Uma raridade

Mais que saudade
Um coração na vaidade!

Você se tornou uma celebridade
Nos altos papos de outras amizades...
Talvez pela intensidade
De suas sinceridades.

Por fora és brutalidade
Por dentro um anjo de fragilidade.
Hoje completa matur[idade]
Mas desde antes eras tranquilidade.

Aos animais, negou a maldade,
A si mesmo permitiu-se criatividade.

Em outros tempos, novas oportunidades
Trouxeram-lhe a trilha para a felicidade...

E assim, a vida nos colocou em outras cidades,
Mas no coração ainda ouço bater nossa singela amizade!

Que assim seja pela eternidade,
Que assim seja nossa irmandade."

:)



















quarta-feira, 20 de março de 2013

A Queda





Gostei da pastilha. Mas não gostei do sotaque.
As saias rodaram.
Mas as partes não queimaram.
Acho que me desviei do foco.
Acho que me queimei sem o fogo.
E então, não há o que nos disseram quando estávamos no pré.
Não há a camaradagem, não há o apego. Só o apelo.
O pé ainda estrala. A unha nasce torta.
A queda ainda sobrevive.


Você sabe de qual queda estou falando, não é?
Daquela que ninguém sobrevive.
Daquela que a cabeça não esquece.
Daquela que as cicatrizes não escurecem.
Mas, quer saber?
Quer saber qual é o mal da humanidade?
É sair sem saber para onde ir.



LIXO




É esse silêncio, essa clausura, esse momento sem destino.
O distanciamento provoca ilusões.
O “estar” fora dos padrões causa desamparo.
É humilhante, degradante, horroroso.
Nada faz sentido.
Você se torna um lixo. Um pinico.

É... Detesto a civilização em dia de quarta-feira cinzenta.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Sentimento Extra




E então você percebe que há um sentimento extra.

Você ama seu pai, sua mãe, sua avó, seu cachorro, seu papagaio, sua bolinha de gude, seu sapato, sua unha roída, seu saco de dormir, seu caderno de primeiro ano.
Mas não parece suficiente.
De repente, você repara que solidão é pouco. Você sente é saudade de algo que não conheceu ainda. Será Deus? Será alma gêmea? Será fome?
Afinal, o que é esse vazio imenso que todos, mais cedo ou mais tarde, há de sentir?
De onde ele vem?
O que ele quer com a gente?
Por que nada o preenche?
Quando criança, não me lembro de ficar perguntando isso para a professora do primário. Será que faria diferença se ela me respondesse?

Quando criança, não me recordo nem se punha opinião sobre a roupa que deveria vestir no dia...

É. Acho que há um sentimento extra. Sobrando. 





quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Por que? (Não Serei Mais Tua)



Triste, triste, triste.

Muito triste.

Eu estou muito triste!

Por que? Por que você não pode sentir minha falta também?
Por que enquanto você está livre, eu estou aqui, presa nesse negócio de te gostar?

Quebrei uma promessa agora. Por você.

E cadê você?
Cadê?

Triste.

Triste, porque quando eu for, não será mais amor.
E então, você se julgará ainda parte desta dor.
Mas, sinto muito, querido.
Não serei mais tua quando eu for.






Tantas Coisas





Respiro. Olho fixamente para o monitor.
Gostaria que não fosse preciso digitar neste momento.
Gostaria apenas de pensar e puft! Já estava escrito.
Passam tantas coisas na minha mente... Tantas coisas.

O meu refúgio é entre as palavras. Literalmente.

Meu coração está batendo forte ainda. Passei os últimos 30 minutos pensando nele. Nele e em Jesus.
Pensei no seu beijo, nos seus olhos, no seu sorriso. Não está fácil.

Por favor, caro leitor: respeite a minha dor.
Ela não é proveniente de um câncer, de um hematoma, de uma cirurgia.
Mas dói.
E é uma dor como outra qualquer, pois, na realidade, estou doente. Doente de paixão.

Pensei em tantas coisas.
Ouvi muitas coisas também. Muitas músicas.

Quis me imaginar no colo de Jesus. Ele me acolhia, me abraçava, me aconchegava em seu colo. Assim, me explicava que o amor supera tudo. O amor Dele para conosco, logicamente.

Tento ser rebelde. Não quero pensar na pessoa que gosto como alguém perfeito. Penso que assim, conseguirei ter raiva e esquece-lo de vez.
Mas sozinha aqui, em meu quarto, a lembrança mais uma vez me toma de repente e numa fração de segundos estou envolta a seus braços, aos seus abraços.

Você é lindo demais.

Queria que essa beleza fizesse morada somente em meus pensamentos. Que fosse apenas alucinação de minha parte. Eu sei que grande parte é. Mas a outra, é responsabilidade sua. Não me encantaria por uma pessoa tão facilmente assim, se ela não fosse realmente encantadora.
Estou ouvindo “Enya”. E adivinha? Ela está cantando uma canção de natal. Linda.

Uma paz imensa me invade agora. Vontade de flutuar.

Cadê a luz branca? Cadê a luz branca para me envolver mais uma vez? Levar-me até o Criador?

Neste momento o gato acaba de pular na cama. Ele está bem carente nos últimos dois dias. Acho que sente quando estou mal e fica por perto. Não está fácil também cuidar dele por esses tempos. Ele já tem 8 anos. Não tem alguns dentes, baba muito, e acaba ficando sujo por conta disso. Muito sujo.
Tenho tentado cuidar bem dele. Mas é complicado, sacrificante, exige muita paciência.
E quem me conhece, sabe: paciência não é uma virtude latente em mim.

Sinto-me cansada. Uma preguiça, um sono me invade agora. E também agora, o gato encosta nas minhas coxas. Quer se sentir protegido, de certo.
 Mas precisa escolher logo eu? Logo eu, que não sei nem me defender de carinhas que ouvem MPB?
Péssima escolha, não?!

Faz um tempo que me desliguei das redes sociais. Acho que 4 dias. É pouco, eu sei, mas, convenhamos, é um bom tempo para quem não desgrudava delas, não acham? Estou criando um recorde!

Pois bem. Neste exato momento expulsei o gato de minha cama. Uma coisa é querer carinho, outra é ficar se lambendo em cima da colcha limpa!
O que? Sou ruim? Em relação a animais, já faço a minha parte não os comendo. O resto que vier de mim, já é um lucro e tanto para eles.

Bom, ao som de “Era” vou me despedindo por aqui. O sono está bem forte. O desânimo também. E a depressão momentânea, então, ixi... Essa já alcançou o nível 100 hoje!

Abraços, fiquem bem fiéis leitores! =)