quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Floresça com Poemas


(Crédito imagem: http://moisesportovelho.blogspot.com.br/2009/11/folha-ao-vento-imagens-do-passado-1.html)



As flores morrem quando deixamos de dar substratos.
Quando deixamos de rega-la.
Morrem quando não possuem espaços.
Morrem quando deixamos de poda-la.

Mas os matos sobrevivem a sol e lua.
A sol e chuva.

A cada dia que passa, lá estão.
Lembrando que, o que os salvam é a aspereza.
Lembrando que só precisam de um chão.
Lembrando que, o que enfraquece a flor é a delicadeza.

Bota água nessa terra para ver o que lhe espera.
Bota água nessa vida para ver a alegria.
Bota água nesse jarro de flor,
E a deixas exalar o amor.

Plante raiz nesses olhos.
Respire sobremesas com eles fechados.
Diga amém aos seus poros.
Se misture com o que é molhado.

Delicie-se com línguas.
Enterre-se com problemas.
Cavouque por entre ilhas.
Namore com poemas.

Floresça com poemas.

Jogue cinzas ao vento.
Ressinta-se com o tempo.
Não encare só os medos.
Não viva só por credos.
Não evite o tédio.

Plante raiz nessas curvas.
Plante curvas nessa raiz.
Plante raios de sol e gotas de chuva.
Plante lua nesse lugar feliz.

Luar, doce luar.
Lar, doce lar.

Revolva a areia cavada na pele.
Devolva os acertos desse teste.
Retira o pó dessas veias.
Ilumina o pulsar dessa canseira.

Seja bicho,
Seja tribo.
Ouça zumbidos.
Distribua abrigos.

Do mato, retire a fortaleza.
Mas sem muita frieza.
Da flor, sugue a delicadeza.
Mas sem tanta leveza.

Namore menos com problemas.
Floresça mais com poemas.



quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Por que? (Não Serei Mais Tua)



Triste, triste, triste.

Muito triste.

Eu estou muito triste!

Por que? Por que você não pode sentir minha falta também?
Por que enquanto você está livre, eu estou aqui, presa nesse negócio de te gostar?

Quebrei uma promessa agora. Por você.

E cadê você?
Cadê?

Triste.

Triste, porque quando eu for, não será mais amor.
E então, você se julgará ainda parte desta dor.
Mas, sinto muito, querido.
Não serei mais tua quando eu for.






Tantas Coisas





Respiro. Olho fixamente para o monitor.
Gostaria que não fosse preciso digitar neste momento.
Gostaria apenas de pensar e puft! Já estava escrito.
Passam tantas coisas na minha mente... Tantas coisas.

O meu refúgio é entre as palavras. Literalmente.

Meu coração está batendo forte ainda. Passei os últimos 30 minutos pensando nele. Nele e em Jesus.
Pensei no seu beijo, nos seus olhos, no seu sorriso. Não está fácil.

Por favor, caro leitor: respeite a minha dor.
Ela não é proveniente de um câncer, de um hematoma, de uma cirurgia.
Mas dói.
E é uma dor como outra qualquer, pois, na realidade, estou doente. Doente de paixão.

Pensei em tantas coisas.
Ouvi muitas coisas também. Muitas músicas.

Quis me imaginar no colo de Jesus. Ele me acolhia, me abraçava, me aconchegava em seu colo. Assim, me explicava que o amor supera tudo. O amor Dele para conosco, logicamente.

Tento ser rebelde. Não quero pensar na pessoa que gosto como alguém perfeito. Penso que assim, conseguirei ter raiva e esquece-lo de vez.
Mas sozinha aqui, em meu quarto, a lembrança mais uma vez me toma de repente e numa fração de segundos estou envolta a seus braços, aos seus abraços.

Você é lindo demais.

Queria que essa beleza fizesse morada somente em meus pensamentos. Que fosse apenas alucinação de minha parte. Eu sei que grande parte é. Mas a outra, é responsabilidade sua. Não me encantaria por uma pessoa tão facilmente assim, se ela não fosse realmente encantadora.
Estou ouvindo “Enya”. E adivinha? Ela está cantando uma canção de natal. Linda.

Uma paz imensa me invade agora. Vontade de flutuar.

Cadê a luz branca? Cadê a luz branca para me envolver mais uma vez? Levar-me até o Criador?

Neste momento o gato acaba de pular na cama. Ele está bem carente nos últimos dois dias. Acho que sente quando estou mal e fica por perto. Não está fácil também cuidar dele por esses tempos. Ele já tem 8 anos. Não tem alguns dentes, baba muito, e acaba ficando sujo por conta disso. Muito sujo.
Tenho tentado cuidar bem dele. Mas é complicado, sacrificante, exige muita paciência.
E quem me conhece, sabe: paciência não é uma virtude latente em mim.

Sinto-me cansada. Uma preguiça, um sono me invade agora. E também agora, o gato encosta nas minhas coxas. Quer se sentir protegido, de certo.
 Mas precisa escolher logo eu? Logo eu, que não sei nem me defender de carinhas que ouvem MPB?
Péssima escolha, não?!

Faz um tempo que me desliguei das redes sociais. Acho que 4 dias. É pouco, eu sei, mas, convenhamos, é um bom tempo para quem não desgrudava delas, não acham? Estou criando um recorde!

Pois bem. Neste exato momento expulsei o gato de minha cama. Uma coisa é querer carinho, outra é ficar se lambendo em cima da colcha limpa!
O que? Sou ruim? Em relação a animais, já faço a minha parte não os comendo. O resto que vier de mim, já é um lucro e tanto para eles.

Bom, ao som de “Era” vou me despedindo por aqui. O sono está bem forte. O desânimo também. E a depressão momentânea, então, ixi... Essa já alcançou o nível 100 hoje!

Abraços, fiquem bem fiéis leitores! =)


segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Uma Nova Mudança






“Você não sente, não vê
Mas eu não posso deixar de dizer, meu amigo
Que uma nova mudança em breve vai acontecer
O que há algum tempo era novo, jovem
Hoje é antigo
E precisamos todos rejuvenescer”
Velha Roupa Colorida – Belchior / intérprete – Elis Regina


E é isso, caro leitor.

Uma nova mudança.
O blog precisava de uma dinâmica bacana, e creio que esse modelo ficou interessante. Dá até para matar a saudade de textos antigos... Eu, pelo menos, estou curtindo bastante essa mudança!
O estilo “mosaic” é meu preferido. Tem o “magazine”, o “timeslide” que são legais também, e o “classic” é para aqueles que querem algo mais tranquilo de se ver. Tem outros jeitos também de se ver o blog, é só clicar na aba superior, antes de “home” e escolher o estilo que deseja visualizar os conteúdos e depois, clicar na postagem e se esbaldar “á la vonté” nas minhas escrituras. =)

Mudar é preciso. Mudar faz parte da civilização. Mudar nos ajuda com novos objetos.

Afinal, permanecendo ainda com o exemplo da música belamente interpretada por Elis:
"no presente a mente, o corpo é diferente e o passado é uma roupa que não nos serve mais..."

Mas, refletindo um pouco mais, será que novas roupas caem bem na pessoa? Será que novos modelos se identificam com o conteúdo do blog?
Será?

O que acham?

Pois bem, reflitam. E me digam.

Boas leituras! Boas reflexões!
E boa tarde nessa véspera de Natal!

Abraços!


Pedalando por aí



Por que...

Por que mesmo não tendo tanto amor ao que costumamos chamar de vida, temo por ela ao sair de noite pelas ruas, pedalando uma bicicleta velha?

Hoje, meus olhos lacrimejaram um pouco.
Pensando em muitas coisas que abalam meu ser, chorei em me ver tão só.

Assisti “Little Miss Sunshine”. Ou, em bom português, “Pequena Miss Sunshine”. A trilha sonora desse filme é linda demais. Singela, poética, uma fofura.

O filme é muito fofo. Lindo. Por isso, dentre tantos numa banquinha de vendas exposta numa vídeo locadora aqui da cidade, escolhi ele para comprar... Ele e mais 9. Eu sei, o consumismo anda me dominando. Mas convenhamos, não é todo dia que você tem a oportunidade de poder andar novamente e sentir o vento do verão entre as batatas das suas pernas. É preciso valorizar cada momento. Nem que seja, consumindo.

A lembrança do acidente de moto não me machuca mais. Mas, sinto que há um trauma não curado ainda. Ok, o tempo há de ajudar nisso.

A respeito da vida, que disse mais acima, foi pensando na cura desse trauma que me arrisquei num domingo à noite, a andar de bike pelas ruas movimentadas de Barretos. Pensei que assim, estaria provocando uma “fisioterapia” no meu cérebro.
Mas só consegui ficar mais assustada.
Era motoqueiro (e não motociclista, já que não respeitou o trânsito!) saindo do bar sem esperar eu passar, era gente abrindo a porta do carro bem quando eu estava chegando perto, vixi, um sufoco.
No primeiro semáforo, virei à direita e fui por ruas mais tranquilas, voltar ao meu lar, doce lar. Daí percebi o quanto temo pela vida. Ou pela morte. Estava parando em todos os vermelhos, olhando para todos os lados, respeitando cada “pare”. E ouvindo a trilha sonora de “Pequena Miss Sunshine”...

Como ouço agora, enquanto escrevo esses pensamentos.

Mas o sono, a canseira, vai se espalhando por entre as minhas veias. É hora de parar.

Que seja, então.

Abraços, fiquem bem!


sábado, 22 de dezembro de 2012

"Coração não é tão simples quanto Pensa"




(Baseado na canção "Oração")



"For You"



(Baseado na canção "The Story")



"Graça"



(Baseado na canção "Grace")



Quando ia te Esquecendo



Minha vida não tem mais nenhuma expectativa.
Estou desmoronando, será que você não percebe?

“Em cada esquina cai um pouco a sua vida...”

Em cada ignorada sua, cai um pouco a minha alma, o meu sorriso, a minha alegria.

Vejo que muitos são os seus caminhos. Até cartas lhe fazem emocionar.
Só os meus versos que não. Eles não lhe tocam, não lhe mostram o quão importante são seus traços e trajetos para mim.
Você não me sente, não me vê, não me percebe.
Eu estou aqui... Lhe gritando, lhe chamando, lhe clamando.
Mas meu “gostar” é tão simples e generoso que ele não quer lhe aprisionar.
Você quer voar? Voe.
Você quer cantar? Cante.
Você quer amar? Ame.
Mesmo que não seja eu.

Nunca havia pensado assim antes. Sempre queria a pessoa perto, só p/ mim. Talvez esse seja o verdadeiro sentindo do gostar sem ser egoísta, não é mesmo?
Além do mais, você nunca poderia estar perto. Vários estados nos separam.
Mas creio que essa paixão, esse momento que sinto, deve ser passageira. Sempre foi.
Acho que procuro por pessoas para preencherem este vazio. Me apaixono, não dá certo, daí passa. Me apaixono novamente para esquecer o que não deu certo e então, me estrepo novamente.
O problema é esse ciúme que sinto.
Não quero mais ver suas conversas para não me corroer por dentro.
Estou me desligando. Logo você não terá mais que me evitar nos “inbox” da vida.

Mas eu gosto tanto, mas tanto, tanto mesmo de você. E não é sexual. Porque sexual, já gostei, e eu sei, não é bom. Porque vai embora.
O que eu sinto é algo tão lindo, especial, mágico.  
Porque é admiração. E admiração dura quase que uma eternidade.
Admiro você por suas ideias, pelo seu jeito, seu caráter, sua eficiência. Você é lindo. Seu encanto pelo teatro é lindo. Seu jeito poeta é lindo.

Vejo suas frases. Cada detalhe pensado, cada vírgula colocada, posso até ver você escrevendo... Seus cabelos black power, cheios, crespos. Expressivos, assim como o seu olhar, me fazem tremer de estase em pensar num dia em que iremos nos encontrar de novo. Fico imaginando suas mãos alisando meu rosto, deslizando até meus lábios, segurando levemente meu queixo, apertando minha boca contra a sua. Como numa valsa... Cada passo vai se encaixando perfeitamente, até a dança ficar completa. Você me abraçaria, como aquele dia, lembra? Aquela festa, aquele forró. Como foi lindo.
Sempre me emociono quando lembro.
Enquanto as lágrimas caem agora com a lembrança, fico me perguntando como fui deixar acontecer isso? Como fui permitir que você invadisse assim os meus pensamentos?
Sou tão tola. Pensei que você é quem gostasse de mim. E na hora do beijo, poxa, achei que seu coração estivesse batendo forte como o meu. Mas acho que não. Acho que o meu acabou batendo pelos dois.
Uma semana ficamos juntos. Um dia apenas nos beijamos.
Não, não. Não pode ser. No meu pensamento agora, veio à impressão de que você quisesse apenas curtir, talvez, quem sabe, algo a mais que beijo, mas nada de sentimentos. Não pode ser, pode?
Porque se for... Fui mais tola ainda todo esse tempo.

E quando ia te esquecendo, te deixando de lado, eis que vem a novidade de que talvez você viesse até aqui... E então, sinto que mais tola fui. Porque acreditei. Vibrei de alegria, de emoção, de imaginação. Mas cadê? Cadê sua emoção? Cadê algo que me diga que você não está brincando comigo?
Sabe o quanto é difícil escrever uma poesia?
E eu faço muitas e muitas só para você! Tento ser discreta, secreta, para não lhe assustar, porque às vezes, tenho a sensação de que você pode reagir igual a uma tartaruga e se recolher em seu casco de tanta timidez. De tanta intimidação.
Mas você não liga. Está imune a meus encantos.
E cada vez mais, EU me encanto por sua sensibilidade. Sua criatividade. E sei lá mais o que! Meu coração já não sabe nem mais explicar.


Mas quem sou eu para conseguir um sorriso seu, não é?
Quem sou eu para querer que você goste também de mim?
Eu que não sei direito nem fazer poesia... Que dirá dar-te alegria!

Sou um fracasso. Meus sonhos, meus projetos, tudo, tudo, está se acabando.
“Ao meu redor está deserto... Você não está por perto e ainda está tão perto.”

 Eu tento, sabe? Tenho tentado mesmo. Queria ser guerreira como você, e consegui trazer novas lutas para a minha vida. Mas eu cresci numa cidade pacata, sou pacata, e de pacata que sou, não sei nem me desfazer desse amor.

Gostaria mesmo de ter um filho seu. Uma filha. Loucura? Bom, isso só prova o quanto gosto de você (mais que Beyoncê!), já que só penso em ter filhos com quem realmente valha a pena.
Sempre achei que ter (e criar!) um filho fosse trabalho dos deuses, já que é um ser humano que está ali e precisa de carinho e atenção por um bom tempo.
Portanto, sendo você esse cara tão inventivo, poético, dinâmico, um filho herdaria quem sabe, esses genes e me faria a mãe mais feliz deste planeta!
Já imaginou? Um serzinho gracioso como você? Que coisa mais linda!

Mas é só sonho. Você deve ter alguém que goste muito também. Alguém que invadiu sua mente, seu coração, e agora, não há espaços para mim. Eu entendo.

Vou me afastar. Tentar me afastar. Tentar esquecer. Tentar seguir.

Espero que você e a lua que tanto ilumina suas ideias fiquem bem.
Queria dividir a minha com você. Ela também é bela. Ela também brilha minhas ideias.
 Mas sabe como é? Estaria sendo invasiva... Como tenho sido ultimamente.

Despeço-me com uma dor tremenda no peito. Porque insiste em mim, a sensação de que você me curte sim, de você gosta um montão dessa pessoa aqui. Mas e se for uma mera ilusão? E se você não me quiser de jeito algum? Você nunca tem tempo... Nunca me dá esperanças. Nem responde à minhas incertezas, nem corresponde às minhas investidas. Acho que o jeito é me recolher à minha insignificância e esperar a tempestade de festas acabarem. Não sou digna desse amor. Do seu amor, do seu carinho. Não sou digna de nada. Nem sei por que me atrevi a tentar lhe conquistar... Meu caro, “Vieira”.


sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Do ato de EsCrEvEr.



E o mundo não acabou.

Mas gostaria que o meu acabasse. E um novo fosse bem mais colorido, belo, romântico.
Hoje viajei tanto dentro da cidade... Vi prédios, condomínios, pessoas, cachorros. Vi uma cabeça de Barbie caída no meio da rua. E dentro do conjunto habitacional próximo, duas meninas com no máximo 5 anos andando, passeando, desfilando. Talvez, essa constatação fosse a evidência de que a infância realmente está perdida.
Estou assim, cabisbaixa, pensando, refletindo não porque talvez o mundo pudesse acabar. Penso tanto em coisas aleatórias. Não sei. Meu lado mãe está aflorando. Vendo mães e seus filhos nas ruas, na correria pelas compras de natal, fiquei me imaginando mãe... Carregando um bacurizinho pra cima e pra baixo. Loucura? Não. É apenas o meu reloginho biológico apontando.
E então, quando estou assim e não há mais nada para se fazer, o jeito é escrever.

Ás vezes escrevo bonito. Ás vezes, não.

Mas, sempre escrevo com o coração.