domingo, 17 de abril de 2011

domingo, 27 de março de 2011

Águas de Março (Inatividade do Cérebro)

Escrever tem sido o forte dos meus dedos ultimamente. Mas sinto que mesmo assim ainda faço pouco. O mundo anda girando mais rápido e o tempo não tem me deixado refletir sobre as ocasiões que me rondam. Por isso ando meio devagar por aqui...

Mas, um presente eu embrulhei para todos hoje... É dos antigos.

Lá vai:

Cada gota de orvalho desta terra
Retornará aos olhos de quem um dia,
Chorou por amor
Das rosas dos buquês de todas as noivas
Restará apenas a tradição

Se fechares os olhos e
Perceberes um silêncio
Cada vez maior a sua volta...

É sinal de que alguma coisa em você mudou.


Beijos!

domingo, 6 de março de 2011

Signos

Sim, signos. Mas não os astrológicos. Os que nos rondam dia e noite.
O mundo está cheio de signos. Significados. Nós estamos sempre nos comunicando através deles.

Antigamente bastava a nossa palavra. Palavra de homem, de honra, de escoteiro. Nós falávamos coloquial, formal, gentilmente. Falávamos sem medo de que o outro não nos entendesse, pois “pior” significava algo ruim e não o fato de estarmos de acordo com algo que o outro disse. Escrevíamos. Sobrescrevíamos. Subscrevíamos.  Não rascunhávamos como rascunhamos hoje. Beleza era beleza, algo lindo. Beleza não era blz, de “e aí td bm?”. Melancia era fruta e não adjetivo referente às nádegas de alguma mulher. Mulher era delicada, tratada com respeito. Não se usava termos obscenos ou escrotos pertos de uma dama. Damas era jogo de crianças. E crianças eram... crianças.

Atualmente, o que anda civilizando nossos códigos, símbolos, signos são os pormenores do nosso cotidiano. Músicas, novelas, personagens marcantes, celebridades da internet. Se antes bomba era sinal de perigo, bombar hoje em dia é sinal de sucesso. Sucesso faz parte da atualidade. Atualidade é feed. Feed é tecnologia dos sites, blogs. Blog é o nome dado ao que antes era um caderno com cadeadinho chamado Diário. E diário? Bem, diário virou nome de jornal.
Não sei o que nos leva a adotar certos tipos de expressões verbais. Pode ser pela praticidade, pelo convívio, pela sonoridade ou simplesmente por falta do que dizer. Algumas são bem ditas, outras malditas.
O bom dos signos é isso. É permitir à nossas vidas um significado para cada fase, etapa, momento que nos cerca. Às vezes se tornam importantes, às vezes não. Às vezes refletem a verdade, às vezes não...

Mas, na maioria das vezes são só signos mesmo.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

O que se Deseja a um Amigo




Olá meu povo!
Dessa vez fiz um post unindo a poesia e a tecnologia.
O vídeo acima é a junção das imagens e palavras que fiz pensando na amizade. O texto e a edição são de minha autoria. E a voz também pertence a mim... hehehe. Para quem quiser acompanhar, o texto do vídeo está logo abaixo.

O que se Deseja a um Amigo

O foda da amizade é quando não há o outro para a troca de feedbacks.
Você constrói junto com aquele ser denominado colega ou conhecido um muro cheio de tijolinhos coloridos, uns maiores, outros menores e quando dá por si o muro já fechou o quintal inteiro, virou uma parede, uma sala, um quarto, uma cozinha, um banheiro, uma casa completa.
Daí, não é mais um conhecido.
É o seu amigo.
Mas às vezes essa casa se torna vazia, porque o amigo ganhou asas maiores e está a fim de dar uns vôos por aí.
E o que se deseja a esse amigo apesar da dor no coração que fica criando um nó na garganta e salpicando umas gotinhas de água nos olhos?
Sorte. Sabedoria, paciência e juízo.
A amizade continua, porque afinal não é uma morte. E mesmo que fosse, continuaria, porque amizade verdadeira nunca morre.
Morrem se os amigos.
Fica-se a amizade.
Como naquele ditado:
Vão se os anéis
Ficam os dedos.
Uma grande parcela da população procura ser amiga daqueles que lhe fazem bem, que não as contradizem, não as ignoram, não as magoam, não as deixam pensativas nos atos que cometeram.
Mas amigo que é amigo quer mais que o outro cresça.
Que o outro pare de dar foras.
Que a outra pare de ser avoada.
Que o outro não gaste tanto.
Que a outra conheça carinhas mais novos, sem idades para ser seu avô.
Que o outro no hotel pare de andar pelado.
Que a outra seja menos egoísta.
Que o outro largue o cigarro.

E que o mundo encha cada vez mais de amigos estranhos e eloqüentes!

Um beijo amigos!
E quer saber?
Nunca deixem de ser quem são só porque essa amiga aqui resolveu dar palpites demais...

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Como saber quando é amor? (filosofia de domingo)



Como a gente sabe quando é amor?
Como a gente sabe quando é verdadeiro?

Como sabemos que quem nos fala “eu te amo” tem certeza de que é amor?

Ando perguntando para os besouros, os pernilongos, as lagartixas, mas eles não falam a minha língua. Será que amam? Será que sabem que é amor o que sentem por seus companheiros? Será que é amor?

O que Lennon queria dizer com “You
 Need
            Is
                Love”?

Que porra é essa que ele diz que precisamos???

Dúvidas que passam pela cabeça de qualquer um que esteja tentando fazer algo de bom na vida.

Amar...

Ser amado...

Bem que eu queria ser um anjo agora só para voar no meio dos seus sonhos e descobrir como é o amor para você.

Melancólico?
Não. Só experiência científica.

Saber o que os outros pensam é uma das coisas que estão na lista de desejos de todas as pessoas. Quase todas, pelo menos.
Bem, minha inspiração fugiu como as lagartixas, só que nem o rabo deixou para me ajudar. Então, boa noite a todos! Beijos e que o amor aconteça para todos nós um dia...

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Vida, estômago, rock e tripas de tartarugas

O ato de querermos sempre mais e mais vem de onde será?
Quando ouvimos uma música e logo nos identificamos com ela, não sossegamos enquanto não enjoamos de ouvi-la. É como se usássemos sempre a mesma camisa. Até que se esgarça o último fio de linha existente da pobre coitada.
Ou quando não nos damos por satisfeitos enquanto não vemos as migalhas restantes do que um dia foi um bolo delicioso.
É.
É assim a vida.
Queremos sempre mais e mais.

Falando em ouvir música, as de hoje em dia estão cada vez mais descartáveis. O que é aquele troço de rebolation, créu, melancia, cotovelo, pé na cova, saco de lesma, macarrão de rato, e o inferno a quatro...?
Fico com medo.

Meu estômago mais ainda.

Não que eu numa hora dessas em que a gente fica distraída, sem ter nada para fazer não cometa um pequeno deslize de ouvir umas e outras sandices dessas. E o pior que suas melodias são tão previsíveis que logo sua mente começa a decorar a bendita da letra e quando você vê já está balbuciando a canção inteira.

É no serviço.
No elevador.
Na sala de aula.
No saguão do hotel.
Na recepção do dentista.
No penhasco mais alto.
No fundo do mar.
No inferno.
Na rádio.
No céu.

Em todos os lugares.

Fico pensando... Quando o rock era mania nacional na década de 80, o que esse pessoal fazia? Sim, porque eles deviam sofrer a beça como a gente sofre atualmente.
Mudar a estação da rádio não adiantava muito.
Será que eles mudavam de país? O que eles faziam??? Poxa. Eles bem que podiam dar-nos a dica. Será que usavam somente pelotas de algodão no ouvido? Não ajuda muito quando o som do vizinho é super-hiper-mega-ultra-power-plus-advanced mais potente do que seus meros algodõezinhos...
É. Acho que mudar de país é uma opção ainda relevante.

Não estou sendo preconceituosa. Jamais. Até porque preconceito é um pré-conceito que você tem antes de conhecer algo com mais afinco.
Eu já conheço e sei que não é bom para mim. Para quem gosta é. Assim como o meu gosto também não é bom para a grande parcela de pessoas existentes no mundo.

Putz. Nem durmo pensando nisso...

Ha ha ha. Um pouco de sarcasmo para alegrar a noite.

Mas voltando aos quereres dos seres humanos, eles (os humanos) querem acabar o planeta. Isso todos nós já sabemos. Mas será que quem quer salva-lo sabe disso? Porque se souberem com certeza vão ver que essa luta é em vão. Vejamos: eu luto para salvar nem que seja a picanha do boi... E lá no Japão eles estão comendo até as tripas das tartarugas. Não é injusto? Eu faço a minha parte. Pequenina, ingênua, solitária. Mas é a minha parte. E eles caçam aos montes! Aos montes! Tem noção disso? É muito.
É muito para meu cérebro cansado.

É uma luta em vão.

Mas antes morrer heroicamente na guerra lutando, do que covardemente numa sala de jantar comendo bife a milanesa!

Inté.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Contos, Romances e Peripécias: “A Ex-Amiga”

No baile daquela noite, Magda sabia que por mais que seu vestido fosse bonito, Terezinha daria um jeito de se sobressair mais do que ela. A ex-amiga era muito invejosa e desde a briga na 8ª série, nunca mais trocaram uma sílaba se quer. Uns diziam que a discussão foi por causa do Matheus, alguns que foi por causa da última esfiha da cantina, outros que foi por causa da “Barbie sandália vermelha top fashion”.  Mas ninguém suspeitava certo sobre o que havia rompido aquela amizade naquela manhã de março.
Terezinha estava de esmalte pink no baile. Magda riu à grande quando viu a breguice da ex-amiga.
- Eu sabia que ela ia dar um jeito de chamar a atenção mais do que eu!
- Por que ela veio de vestido balonê laranja purpurina num baile de traje esporte-verão?  disse Terezinha à atual melhor amiga Verinha. “Deve estar querendo chamar a atenção...” concluíram as duas. Após as três da manhã, quando quase todos já haviam ido embora, Carlos convidou Magda para dançar. Arrependeu-se depois, pois a garota não parava de falar duma tal aí com esmalte pink.
- Você não quer ir lá em casa amanhã conhecer meus cachorros? Eles iriam gostar de você, o Teddy tem um focinho achatado...
- Na boa gata, não dá. Amanhã tenho capoeira a tarde toda e a noite campeonato de paciência com a turma da informática. Minha agenda ta lotada.
Deu um beijo no rosto de Magda e saiu quase que fugindo das garras da moça que outrora ele estava implorando para dançar coladinho.
Magda perdeu o bom moço daquela noite, perdeu as amigas novatas, o respeito dos pais e a atenção das pessoas com quem de vez em quando conversava, no ponto de ônibus, na fila do supermercado, do banco, tudo porque seu assunto se baseava somente nas últimas novidades da ex-amiga Terezinha.
- Ela tem inveja de mim. Faz de tudo pra chamar a minha atenção.
Quando concluiu a faculdade de medicina, Terezinha levou um susto ao ver seu carro novo riscado de fora a fora com as palavras “Médica de Corvo”. Do outro lado da rua, atrás duma árvore qualquer, Magda se debulhava em lágrimas enquanto o filho de três anos pedia colo.
- Ela roubou o meu homem, a minha faculdade, mas o carro não. Quieto, moleque! Quer que ela nos veja aqui?
Na delegacia as duas ficaram cara a cara.
Terezinha depôs primeiro:
 - Olha, há sete anos foi o meu carro. Depois o muro de casa, o do consultório, do sítio da minha mãe. Quando ela não tinha mais o que pichar, começou a mandar cartas me ameaçando. Ignorei. Mas daí ela tentou sequestrar meu filho.
- Louca, vadia! Eu não quero seu filho porco, nojento, não! Eu tenho um filho maravilhoso, que me ama, idolatra...
- Claro, e que preferiu ir morar com o pai a você.
- Cala a boca sua piranha de esquina, que da minha vida cuido eu! Seu Delegado quando nós éramos ainda amigas eu disse a ela que queria ser médica e casar com Otávio Belmont, um paquerinha duma prima na época. Pois essa filha duma égua roubou os meus sonhos e...
- O que? Quando disse isso? Você só falava da sua prima Rebeca. “Ah porque a Rebeca comprou uma mochila maior que a minha, porque a Rebeca não rezou o terço direito, porque a Rebeca ganhou todos os broches da vovó”. Uma verdadeira obsessão. Só parou de falar nela quando por infeliz obra do destino ela morreu doente sei lá do que.
- Foi o corvo! O corvo! O corvo que seu tio criava. Você sugeriu “porque não a assustamos?”, ela morria de medo de corvos. Mas eu não imaginava que ela ia dar aquele chilique todo. Achei que ia passar. Só que foi piorando, piorando, até que entrou em coma. E morreu. Morreu naquela manhã de março. Eu pedi a você que fossemos no cemitério quando ele tivesse vazio para pedirmos desculpas a ela. Você se recusou, me chamou de boba e disse que não sentia nenhuma dor na consciência.
- Eu não tenho dor na consciência. E essa é só mais uma estória que você conta tentando me atingir...
            A briga que tomou espaço na delegacia naquela noite mandou Terezinha para a sua casa pomposa e Magda para uma casa de reabilitação emocional. Depois de alguns meses o auxiliar de enfermagem veio informar à Magda que havia uma visita lhe esperando.
- Deve ser o Rafa, meu filho.
            Mas não era.
            Magda entrou pelo pátio, desceu as escadas, virou à esquerda e deu de frente para uma mesa com cadeiras em volta, na qual em uma delas jazia uma mulher sentada. Não pode acreditar.
- Você?
- Sabe o que dizem dos corvos? Que trazem maus presságios... Eu ganhei uma promoção. Serei chefe da minha área. O Otávio comprou as passagens para o cruzeiro comemorando nossos 20 anos de casados. Nosso filho semana que vem começa o curso de direito. Minha vida está perfeita! Sabe Magda, não acredito que os corvos trazem maus presságios. A Rebeca deu azar...
            Quando ia saindo, Terezinha já com os óculos escuros vestindo os olhos de quem já viu muita coisa, virou-se e arrematou:
-E também, ela e o Otávio nunca iam dar certo mesmo.


quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Um dia de Retardadice


Hoje o dia amanheceu cinza para meu cérebro cansado. Não sei se são os acúmulos de responsabilidade ou as palavras idiotas vindas de pessoas racionais. Sei que a saudade de casa, da comidinha de mãe, dos miados chatos do gato gordo, das babas da cachorra com nome de pop star, estão me deixando cada vez mais sensível. Até música sertaneja romântica está me deixando melancólica. E isso, está afetando minha falta de criatividade. Sim, falta! Porque a criatividade eu deixo para a música sertaneja romântica.
Aliás, chega a ser redundante dizer música sertaneja romântica. Quase todas as músicas sertanejas são românticas. Para meu desespero.
Enfim, estou cercada de pessoas que riem à toa.
Deixe-me explicar, meu caro Watson. Há um tempo os risos das pessoas me incomodavam. Elas riam de tudo quanto era besteira, e olha que era besteira, bobeira, retardadice, feiúra, coisa chata p/ caramba!
Ok. Passou. Comecei a me socializar como um cão domesticado.
Comecei a rir como eles. Uma alienígena no meio de seres sociáveis. Fui absorvida pela célula mãe e vivi um bom tempo num sonho cor de rosa.
Mas agora... Não sei, parece que me decepcionei novamente. E os alienígenas agora são eles. Os risos me apavoram, porque não sei distinguir se eles são risos ou gargalhadas macabras.
Estou tentando achar a resposta nas músicas sertanejas românticas. Mas elas também parecem algo alienígena.
Sei lá. Talvez seja só TPM.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Contos, Romances e Peripécias: "O Abajur da Sala de Antiguidade"

Mais um continho para vocês degustarem...

Roberto não sabia se entrava na loja naquela hora ou depois do almoço quando estaria com mais tempo. Já haviam alguns meses que cobiçava aquele abajur. Primeiro, foi a morte da mãe, o dinheiro guardado teve de ser gasto com o enterro. Segundo foi o carro, estragou a bateria e daí ficou endividado. Terceiro foi o “curso de capacitação de gestores produtivos engajados”, ideia do chefe da repartição. Estava com o almoço contado a partir de então.
Dois anos e sete meses que Roberto havia reparado no abajur no canto esquerdo da salinha de antiguidades da loja de decoração na avenida principal que liga a área norte à área sul.
Roberto passava todos os dias ali. Exceto aos sábados e domingos. Sábado ia ao cinema. Domingo à missa. Sozinho. Desde da morte da mãe não se relacionara com mais ninguém. O abajur seria um presente pelos sessenta anos que ela completaria na sexta próxima, pensava na época. Mas o câncer não esperou a data e a levou na segunda. Decidiu que ia dar assim mesmo. “Ela vai ficar contente, esteja aonde estiver”, comentou para si.
A entrega dos diplomas do “curso de capacitação de gestores produtivos engajados” acontecera no sábado e Roberto não pode ir ao cinema naquela noite. Quando na segunda, indo para o seu trabalho passou pela loja de decoração, lembrou que não tinha conferido se o cartão do banco estava na carteira, não adiaria mais a compra do abajur.
O cartão estava na carteira, mas o sinal não estava verde e o caminhão não conseguiu desviar a tempo. No dia seguinte as manchetes ilustravam um carro todo destruído, um corpo caído no asfalto e o motorista do caminhão sem entender porque um moço tão equilibrado e pacato, como assim descreveram os colegas de serviço, pudera cometer esse ato de suicídio:
- Parece que ele não tinha superado a perda da mãe...

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Contos, Romances e Peripécias: "A Prática"

Decidi que quero mais da minha vida. Decidi que vou escrever uns continhos aqui, umas poesias ali e assim por diante.
Por enquanto começarei com esse texto, que ainda não sei bem aonde encaixá-lo na literatura... hunpf...
Mas, espero que degustem sem moderação!

A prática

Quando pensava na vida no alto dos meus 15 anos, pensava no quanto a mocinha era trouxa em ficar com o mocinho. O vilão era tão mais galante, poderoso e... lindo, que mocinho nenhum valia a pena.
Eu não sabia, mas estava desenvolvendo meu lado esperto naquela época. A partir daí, a praticidade se tornou parte de mim. Eu era prática em tudo.
Se a conta dava 29, eu dava 30 e ficava por isso mesmo, sem troco. Se não havia sorvete de baunilha, me dava de creme que já estava ótimo. Se o namorado não queria sair comigo naquela noite já o mandava catar coquinhos e ligava para minhas amigas para sairmos juntas.
O problema foi quando me dei conta de que estava vendo mais plantão de notícias do que seriados.
Percebi que estava ficando velha, sem dinheiro, sem namorado e não estava fazendo as coisas de que gostava. Ser prática havia me enrijecido.
Dizem que velho fazendo coisas de jovens se tornam ridículos... Daí passei de jovem, bonita e despojada para velha, feia e ridícula.
Ops! Velha, feia, ridícula e feliz.