segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Diários de uma Monografia - dia 2



Não dá para pensar com o calor. Tudo o que penso parece escorrer juntamente com o suor.

Não é que esteja difícil prosseguir com o TCC. Na verdade, eu consegui algumas belas proezas. Isso é, na minha visão, logicamente. Ainda não tenho a temida impressão dos orientadores, mas depois da carcada que levei, creio que aprendi a desenvolver melhor o trabalho.

O duro é a falta de tempo. Essa é uma desculpa considerada moderna, já que na era digital que temos, realmente, ter tempo é um luxo. Aliás, deveríamos ter mais tempo justamente por tudo hoje em dia ser digital, tecnológico, eletrodoméstico.

Ou seria eletroselvagem?

domingo, 28 de outubro de 2012

Diários de uma Monografia - Refazendo o 1º capítulo




Djavan, Paula Toller, Maria Gadú. Mudança na sala. Espelho p/ outra parede, mesinha p/ cá, limpeza e mais limpeza. Tudo porque um bendito TCC não quer sair!
Recorro a tantas coisas. Mas não flui. Não sai. Não junta.
Não junta as minhas ideias com as dos autores.
Pareço enlouquecer. Porque quero fazer especial, fazer belo, fazer romântico.
“Eu quero mesmo é viver p/ esperar, esperar, devorar você...”
Letra de canção é bem mais fácil de escrever do que esse TCC.
Calor. Muito calor.
O jeito é ouvir música p/ se concentrar. P/ entrar no clima, na sina dessa monografia.
“Sina” é o que toca agora.
Abaixo o volume. Mas não é porque o gritinho de Djavan é alto, não me incomoda. Só não quero acabar a monografia e juntamente, acabar com a minha audição.
A professora quer que eu seja objetiva, direta. Mas que não perca a essência poética que tenho.
Hã? Cuma?
Que Deus na sua infinita bondade me ajude!
Confesso que estou há quatro dias tentando escrever algo na frente desse notebook. Mas tudo o que consegui foram 4 citações de autores diferentes escritas (bem mal escritas mesmo) numa folha de caderno.
11 livros estão do lado esquerdo da cama. Na verdade são 12, mas esse último é de um amigo que me emprestou dizendo é que muito bom para nós, artistas.
Artista, eu?
Já fui mais.
Agora sou só uma secretária de escola.
Troco a música. “Sina” já tinha tocado por 2 vezes. Já estava se tornando uma verdadeira sina mesmo.
A música que toca agora nem me arrisco a dizer o nome certo, é uma gastação de letras nela, é mais fácil dizer apenas “Aleluia”. Ou a música tema do filme do Sherek.
E hoje tem uma comédia aqui na cidade. Mas não vou. Dá-me uma dor na consciência em pensar que enquanto assisto a uma peça deixo de escrever uma página da monografia (mesmo que eu não escreva!).
A música é um tanto triste, o que já serve como uma base para uma auto reflexão, um momento mais calmo, brando, que vai me levar ao êxtase da minha escrita. E quem sabe com isso, paro de enrolar e adentro de vez no mundo obscuro desse TCC.
É.
É o que devo fazer.
É o que farei.
É o que já estou fazendo.


sábado, 13 de outubro de 2012

Beleza Divina


Vi um pôr-do-sol lindo hoje.
E na alegria que senti, 
Pude perceber que se diante daquela beleza incomensurável que todo aquele raiar continha, 
Alguém ainda 
Pudesse duvidar da existência de Deus, então, 
Para esse alguém, nada mais poderia convencê-lo.
Porque beleza divina como aquela 
Não haveremos de ver tão cedo.




Abraços Virtuais,
Até Mais!

domingo, 16 de setembro de 2012

Aquele beijo...


Ele só durou três minutos, no mínimo.
Mas está aqui comigo. Reverberando.

Eu queria sentir o seu coração. Mas só ouvia o meu.

E nessa surdez instantânea, achei que pudesse tê-lo ouvido bater forte,
Dizendo em cada “toc-toc”: ei, eu gosto de você! Eu gosto muito de você...

Porém, só o meu foi capaz de dizer isso.
Só o meu se entregou assim.
Só o meu depois ficou plantando flores e colhendo estrelas.

O meu coração transformou-se com aquele beijo.
Ele sonhou.

E o seu, somente beijou. 

domingo, 5 de agosto de 2012

O processo




A árdua saga de viver.

Respirar

Amar

Festejar

Gritar

Beijar

Sofrer

Pra quê?

Não é fome. É vontade de comer.
Não é sede. É mal-estar.

Viver

Descobrir

Cansar

E caminhar. E continuar. E viver.


domingo, 6 de maio de 2012

Passos - A reaproximação


Atendendo aos pedidos (um só mesmo! Hehe), venho nesse post publicar parte de um comentário meu, realizado para uma postagem de um amigo.
Para entenderem melhor a proposta não deixem de ler:
De qualquer forma, trata-se de uma reaproximação, já que ultimamente ando afastada das letras, palavras, frases que me motivam na vida.

Passo com o passo bem apertado pra chegar logo ao espaço desejado.
Mas passo tão desatento, tão apressado que nem tento imprimir ao passo o apreço pelo caminho passado.
O traço, a traça, o baço, a cabaça, o braço que abraça e o passo ocupam um espaço.
Mas não o espaço onde tenho que chegar.
Se chego e se deixo, tudo que mexo se transforma em sobejo.
E se o sobejo não for esboço, lá vou eu apertar e apressar meu passo para chegar em outro espaço...

Abraços, por enquanto!

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Nosso romance não é clichê


Nosso romance não é clichê quando desligo a TV e digo que vou assistir você.

Nosso romance não é clichê quando pego 
                                         sua mão e 
                                                   digo que 
                                                         a sementinha 
                                                                      quer desenvolver.
Nosso romance não é clichê quando deixo meus estudos, para estudar adivinha o quê? 
(V
 o
 c
 ê!).
Nosso romance não é clichê!

Mas as frases de efeito... Começam a causar de verdade, seus efeitos.

E de repente, me pego gostando de te ter.

E não me importa mais clichê ou não clichê.

Porque tudo o que eu quero é ficar cada vez mais perto de você! s2







Abraços, meu povo!

Inté!!!

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Hoje só quero Escrever

Mais um presente que embrulho para vocês! =D



Anotações retiradas do livro "A Cabana", de W.P. Young.


Peço licença à Poética para ter licença poética!
Pois hoje, só quero escrever.

Mas não escrever sobre:
  • Angústia,
  • Dor,
  • Ilusão,
  • Ohh meu pobre coração.

Quero escrever o que não é bom para se escrever.

A vida tem um jogo muito diferente do nosso. A gente sempre perde alguma coisa. Corre daqui, de lá, e quando vê só lhes sobram as rugas.
Não.
Não!
Não era bem isso que queria escrever.
Não sei, as palavras me abandonam assim, sem que eu perceba e de repente, estou paralisada. Palavrasiada.

- E essa palavra aí existe, ô doida?

- Não. Mas parece não existir mais palavras no universo para suprir minha necessidade de escrever.

- E é isso que pretende fazer??? Sair criando palavras? O mundo está um caos, sabia?

- Mas caos maior ficaria, se por acaso as palavras não fossem redigidas.

- Você e suas teorias!

- Não. Eu e minhas poesias...








Abraços!!!!!!!!!!!

domingo, 16 de outubro de 2011

Someone Like You - Abstract Picture


*Ouçam primeiro "Adele - Someone Like You". Servirá como fundo musical para este pequeno texto.



Meus medos flutuam por entre espaços de ar que não suportam mais o vácuo que as células provocam em mim.
Meus olhos olham pelo o que a janela não pode me transformar.
Se meu sentimento se confunde não é pelo que não tenho. Não é pelo que não vejo. É pelo que provocas em minha pele.
Você se tornou o que há de pior em mim. Tornou-se o que não quero lembrar...
Por que ainda penso no que podia me dar?
Por que ainda quero aquele ar de triste manhã?
Por que não percebo que o que tínhamos não era nada marcante quanto o que imaginei que tivéssemos.
Você foi só uma imagem num quadro. Abstrato, só me deu pistas do que eu não podia colorir.
Seguir o caminho de volta está difícil, porque não lembro exatamente onde estão nossos passos marcados.
Você invadiu meu espaço de forma que não sigo nem mesmo quando a luz do sol aparece trazendo a esperança de uma nova fronteira, um novo caminho, uma nova chance.
Você acabou com o meu recomeço.
Você deveria me amar.
Por que? É o que me pergunta assim, sem ressentimento, sem sentimento.
...
E por que não me amar?

Mas sabe a resposta? Talvez a ouça no próximo verão, quando as chuvas carregarem você para nosso velho aconchego.
Ou talvez, ela não seja algo de se ouvir. Talvez fique apenas presa na moldura, pregada junto com a sua imagem. Agregando poeiras, fixando teias.
Não vou limpá-la. Porque não quero ver o que imaginei ter. Porque não quero lembrar o que falsamente planejei.

Siga.

Eu vou seguir.


quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Televisão: a Caixa de Pandora









"Por que o que está lá dentro

É tudo o que não posso ser?”

(Televisão de Cachorro – Pato Fu)




Se às vezes deixamos transparecer que somos artificialmente intelectuais, ou como diz um amigo, “pseudo” intelectuais, talvez a culpa (em parte) seja da televisão. Do que assistimos, logicamente.

A TV é formadora de opinião tanto quanto um professor. Ela trás às pessoas um resumo de quase tudo no mundo e na maioria das vezes, o que a população absorve é algo em torno de 60 a 70% de conteúdos fáceis de digestão, sem aprofundamento.

O que realmente faria uma pessoa evoluir, “passar de fase” (como diriam meus sobrinhos) quase ninguém adquire.

Mas a TV não deixa de ser algo que nos civilize também. TV se tornou algo tão importante quanto um creme dental. Aliás, muitos usam a TV, mas esquecem de usar o creme dental.


Aonde quero chegar com essas baboseiras?

Bem, nos tornamos seres passíveis. Cada vez mais estamos sentados à frente da caixa de pandora, entorpecidos, mergulhados em seus conteúdos alucinógenos a tal ponto, que esquecemos até mesmo de nossas necessidades básicas, tipo beber água e ir ao banheiro.

Tornamo-nos vazios.

Quando discutimos algum assunto, a sensação é a de que falta ainda algo para concluí-lo de vez. Quando escrevemos parece até que o vocabulário se reduziu as meras palavras. Agora, os atos... Bom, esses a televisão anda ensinando muito!
Nossa redenção é tamanha que a colocamos em um lugar específico da casa, numa espécie de altar mor, onde todos possam se prostrar diante dela e a reverenciar como se fosse uma deusa. Hipnotizadora, ela se mantém viva após mais de 50 anos.
Vale ressaltar que, o que faz da TV ser esse meio de comunicação tão potente é o fato de estar presente em quase todas as casas (com esses preços acessíveis) e ter uma programação realizada por pessoas muito, mas muito inteligentes. Acredite, você pode não ser burro, mas o cara do outro lado da transmissão sabe o que fazer para prender a sua atenção e dessa forma, lhe transformar em um telespectador passivo. Até mesmo quando o assunto é jornalístico. Segundo o sociólogo Bourdieu, muitos jornalistas manipulam e são manipulados (para saber mais clique aqui):

Perde-se a autonomia, o assunto é imposto, as condições da comunicação são impostas e principalmente o limite de tempo, se é que alguma coisa possa ser dita. E as pessoas estão tão envolvidas neste processo, mas não percebem esta censura. Os jornalistas manipulam e são manipulados. Como isto pode ser visto: salários exorbitantes, entrada e saída de apresentadores, denuncias de escândalos, em seguida notícias de variedades acabam por contribui para desviar o telespectadores do essencial.

Por isso, é importante saber o que se espera assistir. Se preferir um reality show, verá apenas situações da vida alheia. Se preferir um concerto de ópera, verá cantores/atores em um palco. Em qual deles você se sentirá melhor? Em qual deles você sairá mais engrandecido?
Creio que cada qual terá a sua escolha realizada de bom grado, não importando se aprendeu algo ou não. O que assistir ou deixar de assistir, é algo individual, pertencente ao sujeito que escolhe o que quer assistir. Um sujeito maior de idade. Se for criança, é melhor monitorar, não é? Não queremos futuros cidadãos, eleitores brasileiros a mercê de qualquer porcaria...

Só finalizando, a TV como a Caixa de Pandora, pode conter dentro essas coisas desnecessárias, ruins, como pode também conter a esperança, o bom exemplo, e outras cositas más. Vai de cada um a preferência por canal, desde que feita com consciência, é claro.
Abaixo deixo 3 links para vocês curtirem um pouquinho a letra... ;D





Abracitos!!!

Inté, meu povo!




*Pode ser que o artigo do Bourdieu não esteja disponível no “clique aqui” acima, portanto, tentem esse aqui, por via das dúvidas.