terça-feira, 29 de março de 2016

A tendência enganosa de sempre eu achar que a vida é um grande texto bem escrito



Ou qualquer texto escrito!
Seja ele bom ou ruim...

Ou seja, não ando lendo muito ultimamente, para saber ao certo se a vida está bem escrita ou não.

(to be continued)


As datas e a Vida



Ultimamente, tenho me pegado pensando em datas.

Datas de cesárea, de retorno, de exames, de términos, contratempos, dia que conheci aquela pessoa, dia em que aquela pessoa conheceu outra pessoa.
E a coincidência me trouxe uma grande surpresa! Da data do meu último post até exatamente um ano depois, eu estarei vivendo uma nova fase. Mais graciosa? Mais vívida? Não sei. Talvez MENOS melancólica.

A pessoa é muito sensível. Muito chorona. Chora por qualquer coisa.
Imagina grávida!

É um momento único. Louco. Absorto em suas próprias profundezas.
Mas queria estar aqui, e ao mesmo tempo, ter alguém aqui... o pai do meu filho.
Mas a vida tem dessas coisas, e hoje estou aqui, e só eu. E o Augusto, claro.
Augusto é um menino esperto. Já escolheu o próprio nome dentro do ventre ainda. Parece gostar de Queen, chocolates, limão e de que eu converse com ele. Mas a mamãe não tem feito muito isso, né filho? Mas ele sente as coisas que eu sinto. Infelizmente... ou felizmente. Não sei ainda. Levará um tempo ainda para saber.
Não liga muito para Marisa Monte. Não mexeu quando eu pus para tocar. E nem de Beatles! Uma pena... Mas gostou de Vivaldi, o que não contraria as pesquisas que dizem que bebês adoram músicas clássicas.
Outro dia no ultrasson ele se “rebolou” todo só por eu estar me derretendo em vê-lo de perfil. E quando ele não parava quieto na consulta com o doutor Alberto? *o* Que espanto para mim. Foi quando fiquei sabendo pela primeira vez que o Augusto era Augusto. Pelo menos 70% de Augusto. Daí com o morfológico tivemos 100% de certeza.
Nós temos enfrentado grandes aventuras juntos. Primeiro a queda de um guarda-roupa. Na época, tínhamos o pai guerreiro para nos ajudar. Depois, o dia-a-dia em cima de uma moto. Por esses tempos, o “vizinho ladrão de terrenos alheios”.  Há 3 dias a briga das cachorras perto de mim, me rendendo uma bela mordida no braço e uns bons arranhados na perna. E hoje, o estouro de uma bomba praticamente dentro do quintal! Deus!!! Que loucura... (tá, exagerei!).

Mas voltemos as datas. Por que será que ligamos tanto para elas, não é? Na maioria das vezes você não se preocupa em lembrar coisas boas, e sim coisas ruins. E pra quê respirar um ar de tanto sofrimento? Desnecessário. Ou como dizem meus sobrinhos: desnecessÁUROS... (algo relacionado a dinossauros, claro!).
A vida seria tão mais tranquila se pudéssemos ter umas amnésias de vez em quando.
Esquecer uma data, um momento, um comentário, uma ofensa, uma pessoa inteira. Já pensou que maravilha? Seria uma delícia isso, vamos combinar!
Há pessoas ínfimas, sem valores, sem conduta moral, que não honram os cueiros que vestem. Aliás, “nem têm cueiros e já querem vestir calças”... Como diria o ditado popular. Então, por que se lembrar ainda desse inseto? Dessa grande barata voadora que te atormenta até mesmo na hora de dormir, voando por entre seus cachos, na sua nuca?

Não.
Nãoooooo...
NÃÃÃÃÃÃOOOOOOOOOOOOO!!!
SAI DAQUI PENSAMENTO DO CAPIROTO! Vai atazanar outro.

Essas lembranças não me pertencem, muito menos essas datas!
Minha vida é um fluxo de coisas contínuas e belas a acontecer, e muitas delas virão em datas imprevistas e em datas já vividas. Quem disse que é regra eu ter que reviver essas datas? Quem disse que meu passado faz meu presente? Eu faço o meu presente. E de presente, quero datas novas! Datas lindas! Datas M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-A-S!

E tenho dito!


Datas novas a você também, querido leitor. Que possamos irradiar energias boas, em datas melhores ainda. /\


Nota: até o final dessa postagem Augusto não havia dado sinal de sua pré-existência. Até que ao ler e reler várias vezes, atualizando trechos, editando outros, ele se manifestou, mexendo alucinadamente dentro do meu ventre. Ou seja, temos um bom revisor de textos a caminho! :D haha