quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Hoje só quero Escrever

Mais um presente que embrulho para vocês! =D



Anotações retiradas do livro "A Cabana", de W.P. Young.


Peço licença à Poética para ter licença poética!
Pois hoje, só quero escrever.

Mas não escrever sobre:
  • Angústia,
  • Dor,
  • Ilusão,
  • Ohh meu pobre coração.

Quero escrever o que não é bom para se escrever.

A vida tem um jogo muito diferente do nosso. A gente sempre perde alguma coisa. Corre daqui, de lá, e quando vê só lhes sobram as rugas.
Não.
Não!
Não era bem isso que queria escrever.
Não sei, as palavras me abandonam assim, sem que eu perceba e de repente, estou paralisada. Palavrasiada.

- E essa palavra aí existe, ô doida?

- Não. Mas parece não existir mais palavras no universo para suprir minha necessidade de escrever.

- E é isso que pretende fazer??? Sair criando palavras? O mundo está um caos, sabia?

- Mas caos maior ficaria, se por acaso as palavras não fossem redigidas.

- Você e suas teorias!

- Não. Eu e minhas poesias...








Abraços!!!!!!!!!!!

domingo, 16 de outubro de 2011

Someone Like You - Abstract Picture


*Ouçam primeiro "Adele - Someone Like You". Servirá como fundo musical para este pequeno texto.



Meus medos flutuam por entre espaços de ar que não suportam mais o vácuo que as células provocam em mim.
Meus olhos olham pelo o que a janela não pode me transformar.
Se meu sentimento se confunde não é pelo que não tenho. Não é pelo que não vejo. É pelo que provocas em minha pele.
Você se tornou o que há de pior em mim. Tornou-se o que não quero lembrar...
Por que ainda penso no que podia me dar?
Por que ainda quero aquele ar de triste manhã?
Por que não percebo que o que tínhamos não era nada marcante quanto o que imaginei que tivéssemos.
Você foi só uma imagem num quadro. Abstrato, só me deu pistas do que eu não podia colorir.
Seguir o caminho de volta está difícil, porque não lembro exatamente onde estão nossos passos marcados.
Você invadiu meu espaço de forma que não sigo nem mesmo quando a luz do sol aparece trazendo a esperança de uma nova fronteira, um novo caminho, uma nova chance.
Você acabou com o meu recomeço.
Você deveria me amar.
Por que? É o que me pergunta assim, sem ressentimento, sem sentimento.
...
E por que não me amar?

Mas sabe a resposta? Talvez a ouça no próximo verão, quando as chuvas carregarem você para nosso velho aconchego.
Ou talvez, ela não seja algo de se ouvir. Talvez fique apenas presa na moldura, pregada junto com a sua imagem. Agregando poeiras, fixando teias.
Não vou limpá-la. Porque não quero ver o que imaginei ter. Porque não quero lembrar o que falsamente planejei.

Siga.

Eu vou seguir.