domingo, 27 de março de 2011

Águas de Março (Inatividade do Cérebro)

Escrever tem sido o forte dos meus dedos ultimamente. Mas sinto que mesmo assim ainda faço pouco. O mundo anda girando mais rápido e o tempo não tem me deixado refletir sobre as ocasiões que me rondam. Por isso ando meio devagar por aqui...

Mas, um presente eu embrulhei para todos hoje... É dos antigos.

Lá vai:

Cada gota de orvalho desta terra
Retornará aos olhos de quem um dia,
Chorou por amor
Das rosas dos buquês de todas as noivas
Restará apenas a tradição

Se fechares os olhos e
Perceberes um silêncio
Cada vez maior a sua volta...

É sinal de que alguma coisa em você mudou.


Beijos!

domingo, 6 de março de 2011

Signos

Sim, signos. Mas não os astrológicos. Os que nos rondam dia e noite.
O mundo está cheio de signos. Significados. Nós estamos sempre nos comunicando através deles.

Antigamente bastava a nossa palavra. Palavra de homem, de honra, de escoteiro. Nós falávamos coloquial, formal, gentilmente. Falávamos sem medo de que o outro não nos entendesse, pois “pior” significava algo ruim e não o fato de estarmos de acordo com algo que o outro disse. Escrevíamos. Sobrescrevíamos. Subscrevíamos.  Não rascunhávamos como rascunhamos hoje. Beleza era beleza, algo lindo. Beleza não era blz, de “e aí td bm?”. Melancia era fruta e não adjetivo referente às nádegas de alguma mulher. Mulher era delicada, tratada com respeito. Não se usava termos obscenos ou escrotos pertos de uma dama. Damas era jogo de crianças. E crianças eram... crianças.

Atualmente, o que anda civilizando nossos códigos, símbolos, signos são os pormenores do nosso cotidiano. Músicas, novelas, personagens marcantes, celebridades da internet. Se antes bomba era sinal de perigo, bombar hoje em dia é sinal de sucesso. Sucesso faz parte da atualidade. Atualidade é feed. Feed é tecnologia dos sites, blogs. Blog é o nome dado ao que antes era um caderno com cadeadinho chamado Diário. E diário? Bem, diário virou nome de jornal.
Não sei o que nos leva a adotar certos tipos de expressões verbais. Pode ser pela praticidade, pelo convívio, pela sonoridade ou simplesmente por falta do que dizer. Algumas são bem ditas, outras malditas.
O bom dos signos é isso. É permitir à nossas vidas um significado para cada fase, etapa, momento que nos cerca. Às vezes se tornam importantes, às vezes não. Às vezes refletem a verdade, às vezes não...

Mas, na maioria das vezes são só signos mesmo.