Minha vida está morta
Quando não ouço de qualquer povo
Um grito de socorro.
Minha vida está morta
Quando sei dançar “American Pie”
Mas não sei levantar o irmão que cai.
Minha vida está morta
Quando sei pisar na areia
Mas não sei lidar com a limitação alheia.
Minha vida está morta
Porque assim aceito que esteja.
Sem meias palavras.
Sem meias cerejas.
Minha vida está morta
Quando sei que o animal morre
Para saciar no homem, a fome.
Minha vida está morta
Quando o que tenho de melhor (minhas palavras!)
Não lhe trazem à face suas verdadeiras lágrimas.
Minha vida está morta
Quando minhas metáforas filosóficas
Não lhes transforma!
Minha vida está morta
Porque assim aceito que esteja.
Sem meias palavras.
Sem meias sertanejas.
Minha vida está morta
Quando todo o meu trabalho
Escorre pelo ralo.
Minha vida está morta
Quando meus quilos a mais
Me excluem dos demais.
Minha vida está morta
Quando as minhas verdadeiras lágrimas brotam
E todos os lenços molham.
Minha vida está morta
Porque assim aceito que esteja.
Sem meias palavras.
Sem meias pretas.
Meu mundo é indecifrável.
Não consigo explica-lo.
Você fez vir à tona todas as minhas fragilidades.
Todas.
Me descubro agarrada à uma pelúcia
Com medo dos adultos...
Sou uma criança
Sem passado e sem futuro!
E assim minha vida está morta...
Minha vida está morta
Quando não sei lidar
Com o seu olhar.
Minha vida está morta
Quando você não assume a responsabilidade
Pela minha/nossa felicidade.
Minha vida está morta
Quando você consegue minha paixão
Mas me deixa rastejando no chão...
Morta.
Minha vida está morta!
Porque assim aceito que esteja!
Sem meias palavras...
Sem meias sextas!
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