quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Televisão: a Caixa de Pandora









"Por que o que está lá dentro

É tudo o que não posso ser?”

(Televisão de Cachorro – Pato Fu)




Se às vezes deixamos transparecer que somos artificialmente intelectuais, ou como diz um amigo, “pseudo” intelectuais, talvez a culpa (em parte) seja da televisão. Do que assistimos, logicamente.

A TV é formadora de opinião tanto quanto um professor. Ela trás às pessoas um resumo de quase tudo no mundo e na maioria das vezes, o que a população absorve é algo em torno de 60 a 70% de conteúdos fáceis de digestão, sem aprofundamento.

O que realmente faria uma pessoa evoluir, “passar de fase” (como diriam meus sobrinhos) quase ninguém adquire.

Mas a TV não deixa de ser algo que nos civilize também. TV se tornou algo tão importante quanto um creme dental. Aliás, muitos usam a TV, mas esquecem de usar o creme dental.


Aonde quero chegar com essas baboseiras?

Bem, nos tornamos seres passíveis. Cada vez mais estamos sentados à frente da caixa de pandora, entorpecidos, mergulhados em seus conteúdos alucinógenos a tal ponto, que esquecemos até mesmo de nossas necessidades básicas, tipo beber água e ir ao banheiro.

Tornamo-nos vazios.

Quando discutimos algum assunto, a sensação é a de que falta ainda algo para concluí-lo de vez. Quando escrevemos parece até que o vocabulário se reduziu as meras palavras. Agora, os atos... Bom, esses a televisão anda ensinando muito!
Nossa redenção é tamanha que a colocamos em um lugar específico da casa, numa espécie de altar mor, onde todos possam se prostrar diante dela e a reverenciar como se fosse uma deusa. Hipnotizadora, ela se mantém viva após mais de 50 anos.
Vale ressaltar que, o que faz da TV ser esse meio de comunicação tão potente é o fato de estar presente em quase todas as casas (com esses preços acessíveis) e ter uma programação realizada por pessoas muito, mas muito inteligentes. Acredite, você pode não ser burro, mas o cara do outro lado da transmissão sabe o que fazer para prender a sua atenção e dessa forma, lhe transformar em um telespectador passivo. Até mesmo quando o assunto é jornalístico. Segundo o sociólogo Bourdieu, muitos jornalistas manipulam e são manipulados (para saber mais clique aqui):

Perde-se a autonomia, o assunto é imposto, as condições da comunicação são impostas e principalmente o limite de tempo, se é que alguma coisa possa ser dita. E as pessoas estão tão envolvidas neste processo, mas não percebem esta censura. Os jornalistas manipulam e são manipulados. Como isto pode ser visto: salários exorbitantes, entrada e saída de apresentadores, denuncias de escândalos, em seguida notícias de variedades acabam por contribui para desviar o telespectadores do essencial.

Por isso, é importante saber o que se espera assistir. Se preferir um reality show, verá apenas situações da vida alheia. Se preferir um concerto de ópera, verá cantores/atores em um palco. Em qual deles você se sentirá melhor? Em qual deles você sairá mais engrandecido?
Creio que cada qual terá a sua escolha realizada de bom grado, não importando se aprendeu algo ou não. O que assistir ou deixar de assistir, é algo individual, pertencente ao sujeito que escolhe o que quer assistir. Um sujeito maior de idade. Se for criança, é melhor monitorar, não é? Não queremos futuros cidadãos, eleitores brasileiros a mercê de qualquer porcaria...

Só finalizando, a TV como a Caixa de Pandora, pode conter dentro essas coisas desnecessárias, ruins, como pode também conter a esperança, o bom exemplo, e outras cositas más. Vai de cada um a preferência por canal, desde que feita com consciência, é claro.
Abaixo deixo 3 links para vocês curtirem um pouquinho a letra... ;D





Abracitos!!!

Inté, meu povo!




*Pode ser que o artigo do Bourdieu não esteja disponível no “clique aqui” acima, portanto, tentem esse aqui, por via das dúvidas. 


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