quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Diários de uma Monografia – as palavras



Boom Boom Boom!

Uma música dance faz com que me anime nesse dia chuvoso. Mas o dia já é noite, e a noite já está acabando.
De manhã pensei em começar com uma frase assim: somos seres aprisionados.

Mas agora vejo que não tem sentido. Somos prisioneiros daquilo que temos medo. Logo, ao pararmos de ter medo, deixamos de ser prisioneiros.

Isso tudo porque meu pé amanheceu com uma dor extraordinária. Acho que em dia de curativo ele já amanhece tenso. Porque tudo ao redor dele é tenso.
Ouço agora timbalada! Ô vontade de sair pulando por aí...
E esse pé hein? Tiro p/ pular ou pulo com ele?

Tive uns feedbacks bons em relação à monografia. Disseram que parece que só agora me achei dentro do trabalho.
E realmente. Sinto-me mais pertencida à ele.

O texto é maravilhoso. Escrever é fantástico. Pelo menos, eu sinto isso. É verdadeiro. Amo as palavras, amo o que posso fazer com elas. Juntas ou separadas, elas são o que são!
Signos.

Com palavras podemos escrever uma letra de canção, de paródia, crônica, artigo, teatro, lista de compras, frase de caminhão, de banheiro, de facebook.
Tudo com palavras torna-se mais fácil de ser entendido. A não ser quando elas mesmas fazem parte de um enigma. Aí não tem jeito! Temos que decifrar o que está por trás delas.

A matemática não existe sem elas.
A carteira de identidade também não.
Receita de médico muito menos.
Que dirá a religião!

Somos todos reféns do que uma palavra pode fazer conosco. 


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