sábado, 3 de novembro de 2012

Diários de uma monografia – Deus



Então, é sábado.

 Espero a resposta dos professores em relação aos últimos trabalhos apresentados. Agora ouço “Laranja” com Maria Gadú. Impossível não ouvir sem cantar junto.

Ontem, sexta dia 2, dia em que se comemora finados, um acidente de moto quase me fez pensar no pior. Mas percebi que no fim das contas, a minha fé, posta à prova, aumentou mais.

Deus está comigo. Mesmo eu não sendo digna. Mas Deus esteve, está, e sempre estará comigo. Se eu sempre, é claro, abrir as portas para Ele.

Agora, cá estou. Com uma perna queimada, a outra toda ralada e com os dedos do pé engessados. Quando caí de moto, estava usando sandálias, algo não recomendado pelos agentes de trânsito... Afinal, num acidente assim, o que vai primeiro são as partes mais baixas do corpo, no caso, os dedos do pé.

Foi horrível. O desespero tomou conta de mim. Por um momento vi minha vida inteira. Lembrei-me do TCC. E pensei: não aceito Senhor! Tenho que termina-lo! Tenho que casar e ter filhos!

E como num mantra, repeti durante várias horas seguidas “Senhor Jesus, eu agradeço por já estar curada!”. Isso me manteve firme. Impediu-me de desmaiar na hora da dor.
           
Aliás, percebi algo. A dor é a vitamina do recomeço.

Entre os dedos do pé tive uma fratura exposta. Entre os batimentos do coração, tive uma revelação:
Deus é fundamental para o nosso alimento interior. Nosso corpo deve ser sempre um templo para que Ele habite em nós.
            
Parece papo de fanático? Devoto? Maníaco? Beata?
           
Sei lá. Nunca fui de frequentar uma religião, igreja, ser tão fiel. Mas a provação que tive ontem, fez com que eu ficasse mais próxima de Deus. Jesus. Espírito Santo.
            
E no meio dessa experiência toda, a monografia.
            
Por ora, terei que ficar em casa. Fazendo tudo de casa. Não sei exatamente quando terei que apresentar o trabalho. Mas espero que até lá, a minha recuperação esteja completa. Espero, não. Ela estará! Com a graça e o acordo, benção de Deus, é claro.
            E é isso.

Abraços virtuais, queridos!

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