Olha como a chuva cai
E molha a folha aqui na telha
Faz um som assim
Um barulhinho bom
(trecho de “Chuva no Brejo” de Morais Moreira, intéprete Marisa Monte)
Não sei ao certo o que corrompe as pessoas. Se são os plocs plocs de seus sapatos ou os tic tac’s de seus relógios, que no ritmo frenético do pulsar da vida esquecem-se de desperta-los para a hora do abraço.
Às vezes o beeinnhh da campainha nos traz boas notícias, mas outras o tum tum do coração precisa ser mais forte para agüentar o baque das más.Às vezes os slips shuis das chaves na ignição parecem ser bem mais complicados de conseguir quando se está ansioso de mais para ver alguém.
Ou às vezes o vrummm do carro desse alguém parece nunca ter começo na dobra da esquina.
Não sei ao certo o que conserta as pessoas. Se é o plac plac das palmas ou o úúúhhhh das vaias, que no anseio da vitória ou na vergonha da derrota definem as máscaras de cada um.
Mas sei que de todo o zum zum que meus sonhos já ouviram, o seu assobiar é o que mais me distrai...
Um psiuuuuu a todos e até breve!
Que show de onomatopéias hein, benzadeus!
ResponderExcluirMuito legal reparar como cada som nos disperta algo diferente, como cada barulho nos remete a algo muito maior e só nosso. Sacada esperta ter reparado isso, parabéns!
Beijão!