domingo, 16 de dezembro de 2012

Como não cuidar de um Gato... Ingrato!



Não sei como cada um é com o seu animal de estimação, se é de estimação, quer dizer que há um carinho por trás disso, uma estima, e não uma autoestima. Ou seja, não é a sua vontade que impera, é a dele. Mas tem hora que não me dou muito bem com o meu.

Ele começa a miar... E eu vou lá e dou ração, ofereço água (porque o ingrato bebe na torneira), ofereço até a ração da cachorra, e nada. Continua miando, mostrando que sou uma mãe desnaturada que não sabe ao certo nem o que seu filho está pedindo.

É um horror. Sabe como é ter a sensação de que não há mais para se fazer? Que é caso perdido? Poxa, se ele ao menos, me entendesse nessas horas... Perceberia que de forma alguma eu gostaria de magoa-lo. Quero o bem dele. Mas nunca o que eu faço corresponde realmente ao que ele quer! Que coisa chata.

Tem hora, que por mais que eu tente, não consigo decifra-lo.

Ok, tem hora que eu acerto. De repente ele está lá, comendo, se lambuzando... Mas tem vez que ele fica me olhando, olhando, olhando... E eu esperando algum sinal a mais, quem sabe, ele vire e me diga sobre a relatividade da vida, das coisas ao redor e da ração que "relativamente" o enjoou. 

Mas eu brigo quando ele não abre a boca para me explicar sobre isto. Eu grito, brigo, me desespero. E ele some. Some como se estivesse dizendo "eu não me importo com o seu descontrole".

Ôh gato ingrato, viu!

Acha???

Não sou uma descontrolada! Não sou! Uma prova? 
Prova disso, é que eu volto lá, coloco água ou leite naquele bendito pote com ração e tcharam! O gato está se fartando daquela mistureba! 

Aí, tudo volta ao normal, eu continuo a minha vida, ele a dele (uma das 7 né!), e convivemos lindamente... Até chegar o próximo lanche! Daí em diante, novos enigmas, novos embates, novas frustrações, novas descobertas. Até descobrir que o que ele quer é água e não comida, já são mais duas horas de analista...

É, eu mereço! 

Isso é o que resulta quando seu filho é criado por vó. A minha que acostumou o gato a ter todos esses luxos. E sobra agora para mim - uma humilde mortal - a decisão de tira-lo deste sonho e traze-lo de vez para a bruta realidade do dia-a-dia. 

Cruel demais, não é?

Melhor ir tentando decifra-lo, mesmo. Até que, não é tão ruim. =)




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