Meu dedo às vezes parece um organismo a parte. Sinto
que só o carrego para não ficar feio esteticamente.
Espero a sua resposta.
Todos os dias procuro por alguma pista. Mas nada.
Você alcançou um objetivo importante por esses dias. Eu também espero alcançar.
Prometi que ia deixar quieto e vou deixar. Só não esqueça do que eu disse, ok?
Vou te esperar.
E a monografia? É hoje. Hoje é o dia de minha
defesa. Como defender algo tão importante para mim como a escrita? Só se eu
corresse com o meu trabalho para o meio da rua e fugisse do polo!
Trabalhei feito uma louca agora mesmo. Varri a casa,
passei pano, lavei o banheiro, a louça de ontem... E se pudesse faria mais
coisas. Mas acontece que a vontade de escrever apareceu e eu não pude resistir.
Sinto que gosto de esquecer, de fugir um pouco das coisas, para ver se me
mantenho mais firme.
Quase chorei hoje. Mas foi mais por pensar no quão as
palavras são importantes para mim... E ter que dizer isso para uma banca é
emocionante, não tem jeito. E quase chorei também de pensar em você... Eu sei,
não quero pressionar, na verdade, só quero libertar. Libertar meu coração dessa
aflição. Gosto de você. E quando você enfim, ter tempo para gostar de mim, vou
me sentir eternamente grata aos céus.
Por enquanto, sou grata por estar viva e por
conhecê-lo.
Parece que não, mas cansei de escrever por ora,
Aurora!
Vou me recolher a minha insignificância e estudar
mais para a banca de logo mais a tarde.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Fala meu povo!